O futuro da erva-mate em Mato Leitão e na região é incerto e, para muitos, a tendência que a cultura desapareça nos próximos anos. Preço baixo, falta de mão-de-obra e qualidade são alguns dos fatores que agravam a crise.
Para reverter a situação e tornar novamente a cultura atrativa economicamente o setor criou recentemente o Pólo Ervateiro dos Vales com a participação de Prefeituras, Emater/Ascar, produtores, sindicatos e indústrias. Três reuniões já foram realizadas e o quarto encontro está marcado para o próximo dia 5 de julho, em Sinimbu. No dia 21, a Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente fez uma análise da cultura em Mato Leitão. Estiveram presentes, na sede da Câmara de Vereadores, o engenheiro agrônomo Clóvis Schwertner, o secretário Vanderlei Malmann, os vereadores João Carlos Machry (PDT), Rony Stöhr (PSDB), técnicos da Emater/Ascar, produtores e representantes da indústria ervateira. A principal constatação é de que os ervais estão diminuindo a cada ano. A erva-mate, segundo levantamento preliminar, ainda deve estar presente em aproximadamente 80 propriedades, cerca de 300 hectares. A média de idade das plantas é de 20 anos e a poda acontece numa média de 14 meses. Esses dados serão apresentados na próxima reunião do Pólo Ervateiro dos Vales.
O grupo de Mato Leitão levará também para debate com os demais municípios produtores a preocupação principal do setor: o que fazer para frear a substituição da erva-mate por outras culturas nas propriedades. Em Mato Leitão, neste ano, a Secretaria da Agricultura já recebeu mais de 30 pedidos de agricultores para serviços de máquinas objetivando a retirada de ervais. Sugestões para viabilizar novamente a cultura também foram apresentadas e debatidas na reunião. As principais são: parceria entre indústria e produtor, assistência técnica nas propriedades e garantia de compra da erva-mate, profissionalizar a atividade e ainda incentivos para o setor.
