Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateGrupo foi recebido na Folha do Mate, na manhã desta sexta-feira
Grupo foi recebido na Folha do Mate, na manhã desta sexta-feira

Um grupo liderado pela síndica Márcia de Campos e a corretora de imóveis da Imobiliária Lenz & Böehn – responsável pelo condomínio habitacional Bela Vista – , Kika Moura, esteve na manhã desta sexta-feira, na Folha do Mate, para contestar as declarações divulgadas em reportagem publicada na semana passada, no dia 17 de junho, quando foi relatado “o difícil dia a dia do Residencial Bela Vista”. Na matéria, manchete daquela edição, foram denunciados casos de brigas, apreensão de drogas e até ameaças de linchamento.

O grupo garantiu que a convivência é pacífica e tranquila e que nada de anormal ocorre no condomínio que conta com 256 apartamentos, o maior empreendimento habitacional construído pelo programa Minha Casa, Minha Vida, em Venâncio Aires. Para os representantes dos moradores, os relatos que saíram na reportagem não representam a maioria dos moradores e estão distantes da realidade.Segundo Kika Moura, o Bela Vista é o único condomínio popular com segurança 24 horas, opção aprovada em assembleia pelos próprios moradores. Antônio Queiroz, responsável pela empresa de segurança contratada, observa que o dia a dia é de circulação intensa das famílias, dado o elevado número de apartamentos – são 16 blocos -, e não há registros de brigas, apenas eventuais desentendimentos entre vizinhos por questões, muitas vezes banais e fáceis de se resolver.Ele observa que há um criterioso controle de segurança e monitoramento de quem entra e sai no único portão de acesso ao condomínio. “Temos a identificação de todos os automóveis dos moradores e, se há uma pessoa estranha ou que veio realizar uma visita, sempre abordamos e perguntamos quem pretende visitar e qual o bloco e apartamento que irá”, observa. Além disso, para manter um ambiente tranquilo e que preze pelo sossego, uma normativa interna preza pelo silêncio após as 22h. O segurança da escala também procura fazer uma ronda entre os blocos, mesmo que sua obrigação seja, apenas, com a portaria.Tanto Kika quanto a síndica destacaram que os principais conflitos, quando registrados, estão ligados à falta de adaptação ao lugar e ao modo de viver, agora em condomínio. O grupo disse ainda que desconhece algum caso de apreensão de drogas. “Desde que saiu esta reportagem há moradores com vergonha de dizer onde moram. Na escola os alunos são questionados, na rua, pelos familiares também”, desabafou a síndica, preocupada, com a repercussão negativa do condomínio.Sobre as visitas da Brigada Militar, o segurança observou que são de rotina ou até mesmo de visita cordial à portaria do condomínio. Agilizar as visitas sociais é um dos pontos considerados fundamentais, tanto para os moradores quanto para a imobiliária responsável. Para eles, as oficinas já deveriam ter acontecido, pelo menos, meio ano antes da mudança. “é necessário reunir os moradores e explicar regras de convivência, explicar o que é um condomínio e da importância de que cada um preze pelo que é de uso coletivo.”Além da síndica, do segurança e da proprietária da imobiliária, a reunião teve a participação do conselheiro fiscal e morador do condomínio, éder Pereira da Rosa e do corretor de imóveis, Juliano Angnes.Os moradores ainda aproveitaram o espaço para solicitar a instalação de um contêiner grande para o lixo e uma solução para os cachorros abandonados em torno do condomínio.