Redução de passageiros, incentivo ao transporte individual, aumento do óleo diesel são questões que refletem no novo aumento do transporte coletivo. Os apontamentos são feitos pela empresa Chimatur, que possui a concessão do serviço em Venâncio Aires. As tarifas passaram de R$ 2,70 para R$ 2,90.
O reajuste foi de 7,4% conforme decreto publicado pela Administração Municipal e que entrou em vigor no último dia 1° de dezembro. O aumento também havia sido de R$ 0,20 já em dezembro do último ano, quando passou de R$ 2,50 para R$ 2,70.
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Um dos exemplos, que vai sentir diretamente no bolso a mudança de preço é Marilene Soares de 40 anos. Profissional que atua em padaria, ela tira do próprio salário o valor para se deslocar do centro da cidade até o bairro Brands. Ela conta que utiliza o transporte coletivo de segunda a sexta-feira.
Venho de manhã com ônibus, volto meio-dia para casa, depois retorno ao trabalho e no final da tarde volto para casa. São quase R$ 100 que gasto por mês”, salienta Marilene.
Com o reajuste o investimento deve passar dessa quantia. “Se eu chegar no patrão e pedir R$ 0,20 a mais no salário ele não da. Mas está assim em tudo. Transporte, comida”, observa.
Em contrapartida, o sócio-proprietário da Chimatur Transportes Coletivos, Adalberto Hamester defende o lado da empresa e inclusive diz que seria favorável a redução do custo, caso houvesse maior incentivo ao setor.
Pra mim o valor ideal seria R$ 2, para aumentar o número de passageiros. Mas o que acontece? Ano a ano existe incentivo ao transporte individual com a isenção de impostos para carros e motos, a gasolina aumento metade que aumenta o óleo diesel.”
Hamester cita como exemplo, a mudança que houve no número de pessoas que usam o transporte coletivo de 2008 para 2013. Nesta linha de cinco anos, enquanto eram 1.738.224 transportados em 2008, houve queda para 1.288.737 no ano passado o que representa cerca de 28% a menos no período.
Ao explicar a aprovação do reajuste em R$ 0,20 o secretário adjunto de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp), Gerson Campos enfatiza que a empresa entra com o pedido de majoração, os dados com a planilha de custos e a Administração analisa. “No caso foi concedido o aumento pois era justo, ainda mais pelo aumento dos insumos.”
A reportagem completa na edição impressa do jornal Folha do Mate de 09/12/2014.
