Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateLOJAS DO SEGMENTO OFERECEM  DIVERSAS OPçõES DE ROUPAS E ACESSóRIOS
Lojas do segmento oferecem diversas opções de roupas e acessórios

Cores fortes ou de acordo com as diretrizes do Movimento Tradicionalista Gaúcho, a indumentária de prendas e peões tem procura cada vez maior o ano todo. No entanto, é na Semana Farroupilha que a demanda aumenta e as costureiras se debruçam nas máquinas de costura. Embora nas prateleiras das lojas de vendas ou aluguéis tenha vestimenta para todos os gostos e tamanhos, a crise financeira que assola o Rio Grande faz o consumidor puxar as rédeas nas compras.

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do MateAté os bebezitos podem entrar no clima Farroupilha
Até os bebezitos podem entrar no clima Farroupilha

Em uma loja de vendas, aluguéis e confecções, delicadamente, Maristela Wessling, 36 anos, vai ajeitando o tecido embaixo da agulha. Concentrada para que a sua obra fique perfeita, ela que trabalha há dez anos na função não desvia o olhar. Também tem prazo para entregar a peça à colega que vai passar o vestido a ser entregue à prenda, logo mais. No entanto, a profissional destaca que nesta Semana Farroupilha, a procura por venda e aluguéis não devem superar o ano anterior, apesar da expectativa de aumentar a procura pelos itens até o fim da semana. Ela atribui o fato a atual crise econômica. “Em anos anteriores, nesta época a procura era grande.” Quanto à expectativa de um incremento nas vendas, não há otimismo. Pois os estoques ainda continuam em casa.

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do MateCom os pais, Tifanny procura uma pilcha para se apresentar em evento de sua igreja
Com os pais, Tifanny procura uma pilcha para se apresentar em evento de sua igreja

Por outro lado a costureira que cria a indumentária, conta que a procura por duas peças para prendas, ou seja – saia e blusa – teve maior procura nos últimos tempos. “A procura por duas peças tem aumentado muito, pois as prendas podem trocar a blusa e estarem sempre bem vestidas”, destaca. Maristela, ainda, acrescenta que a saia com ‘ajustes’ estão em alta, pois é um investimento para longo prazo. “Fica elegante, porque não precisa a faixa colorida, ao mesmo tempo que se molda ao corpo de acordo com a vontade da prenda”, menciona. Se por um lado os tradicionalistas também apertaram a ‘chincha’ e fecharam a ‘guaiaca’, sempre há quem busque por algum item, para compor a sua indumentária, especialmente, nesta semana. Como por exemplo o casal Luiz Rodrigues dos Santos e Marlene Souza Costa, que levaram a filha Tifanny, 12, anos para escolher uma bombacha feminina. A família que não participa do movimento gaúcho, mas admira a cultura vai participar de um jantar tradicionalista, em Tabaí, organizado pela igreja Quadrangular, da qual são integrantes.

 

Vendas retraídasPara Raquel Gonçalves, proprietária de três lojas que atua com comércio no ramo gauchesco, as vendas, até a data da reportagem, ainda não estavam a contento em relação a anos anteriores. Ela atribui o fato a instabilidade econômica, o que afasta o cliente que não está podendo se comprometer, especialmente, segundo ela os funcionários públicos. “Nesta época as lojas sempre estavam cheias, inclusive de professores, o que até agora não aconteceu”, enfatiza.

Faço as criações e monto as peças cuidando para que os adereços combinem entre si. Mas também tem aquelas peças que seguem a linha conforme as diretrizes, para invernadas” Maristela Wessling/ Costureira

QUANTO CUSTA?

– Na guaiaca do peãoCamisa : a partir de R$ 59Lenço: a partir de R$ 10Bombacha tradicional de favo: R$ 85Bota: a partir de R$ 165Guaiaca: R$ 45Chapéu: entre R$ 85 a (R$ 450 – de pele de lebre)Palas ou Ponchos: entre 95 a 400

– Na bolsa da prenda:Vestidos: entre 130 a 270Saia: R$ 85blusa: R$ 59Sapatilha: entre R$ 75 a R$ 83

* Valores se alteram conforme as marcas de produtos e para invernadas artísticas