Uma nova legislatura na Câmara de Vereadores representa mais do que a mudança na nominata de vereadores. Muitas alterações estão previstas com a posse dos 15 vereadores que irão ocupar as cadeiras do plenário Vicente Schuck, a partir de 2013, ainda mais quando, no caso de Venâncio Aires, a maioria, que hoje é oposição, será governista. Nove dos 15 são vereadores aliados ao prefeito reeleito, Airton Artus.
Uma das discussões mais importantes e que já vem norteando conversas dos eleitos da base governista é a escolha do novo presidente do Legislativo. O atual líder de governo e vereador reeleito, Telmo Kist (PDT), anuncia que colocará o nome na disputa. Segundo ele, seu nome tem o apoio da coligação que elegeu Airton e Giovane à Prefeitura.
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Com maioria na Casa, a eleição de Kist deve se dar tranquilamente, já que conta com o apoio dos seis vereadores eleitos do PDT, dois parlamentares do PT e do vereador eleito do DEM. Já a oposição tem apenas seis parlamentares, mas o candidato espera poder contar com o apoio dos vereadores do PMDB, PTB e PP, para “escolher um presidente que seja vontade de todos”, assim como aconteceu na eleição de Paulo Mathias, que teve a unanimidade dos votos.
Conforme Telmo, que também preside o PDT, os partidos já estão trabalhando internamente o assunto. O pedetista adianta que a presidência da Casa nos próximos anos deve se dar em forma de rodízio entre o PDT, PT e DEM, modelo já adotado na atual legislatura, entre PMDB e PP.
Maria Manuela da Rosa, presidente do PT, confirmou o apoio do partido a Telmo neste primeiro ano da legislatura. Também destacou a intenção do partido em chegar à presidência da Casa nos próximos quatro anos.
João Sthal, vereador eleito e presidente do Democratas, confirmou apoio a Telmo. Sobre a possibilidade de presidir a Casa em um dos próximos quatro anos, disse que ainda não tem essa pretensão, pois segundo a legislação, ele que é advogado, ocupando qualquer posto na Mesa Diretora, fica impedido de advogar.
CARGOS COMISSIONADOS
Além da escolha da nova Mesa Diretora, que ocorrerá durante a sessão de instalação da nova legislatura, no dia 1° de janeiro, Telmo destaca a necessidade de reestruturação de toda a Câmara. “Uma das questões a serem analisadas é dos cargos comissionados. Em dezembro todos os atuais deixam a Casa e um novo quadro será montado”, lembrou.
Um dos assuntos que deve pautar uma das primeiras reuniões da nova legislatura é a criação de vagas para assessores parlamentares. Hoje, cada vereador tem direito a dois assessores, já que 20 vagas foram criadas no início desta legislatura. Para a próxima Mesa caberá a decisão de ampliar mais dez vagas ou então diminuir cinco, deixando apenas um assessor por vereador. Kist afirmou que até o momento nada está definido em relação aos cargos.
Em relação à estrutura física, ele destacou que a Câmara já possui novas cadeiras, bem como os móveis para aumentar a mesa e abrigar as cinco novas vagas de vereadores.Sobre os desafios da nova Câmara, Telmo Kist disse que sendo eleito presidente, pretende trabalhar pela aproximação da comunidade com o Legislativo e propor um trabalho diferenciado junto as comissões, para que cada uma possa proporcionar discussões de assuntos pertinentes para a população e que possam ser levados ao Executivo. “Devemos nos antecipar e buscar soluções conjuntas, propor debates. Temos que fazer um trabalho contínuo e não propor os debates somente quando chegam os projetos”, frisou.
