Observados por seis defensores constituídos e na presença do promotor Pedro Rui da Fontoura Porto e da juíza Maria Beatriz Londero Madeira, os quatro réus da morte do bancário Júlio Assmann Marder entraram algemados na sala de audiência do Fórum. Ontem à tarde, vieram acompanhar o relato das testemunhas do crime, praticado nos primeiros minutos da madrugada do dia 27 de outubro do ano passado. Marder, que tinha 58 anos, foi morto a facadas, dentro da casa onde vivia com a companheira e a filha dela, no bairro Aviação.
Antes de começar a tomada de depoimentos – e atendendo pedidos dos defensores e com aval dos agentes penitenciários – a magistrada determinou que fossem retiradas as algemas dos réus. Salete de Azevedo, 45 anos, Márcia Rejane Kist Severo, 46 anos, Marcos Roberto Cottes Figueiró, 29 anos e Antônio Alcides Oestreich, 53 anos foram denunciados pelo Ministério Público por envolvimento na morte da vítima, que na época trabalhava na agência da Caixa Federal.
Segundo a denúncia, Salete, Márcia e Marcos foram indiciados pelo homicídio, mediante promessa de recompensa e motivo torpe e por recurso que dificultou a vítima. Salete ainda responde por ter se valido do fato de morar junto com a vítima (ela e Marder viviam juntos, em quartos separados, havia mais de um ano e meio). Já Antônio teria cometido o crime mediante promessa de recompensa (disse em depoimento que lhe ofereceram R$ 20 mil) e por recurso que dificultou a defesa da vítima (estaria escondido dentro de casa).
Sentados, os denunciados ouviram os relatos do delegado Felipe Staub Cano e de agentes do Setor de Investigações (SI). Anteriormente, sem a presença dos réus, uma testemunha ocular, que reside próximo à casa onde Marder foi morto, foi ouvida. Ela disse o que viu e ouviu naquela fatídica noite de 26 de outubro, no início da madrugada e na manhã do dia 27.
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