Após 15 anos de espera, cerca de 400 ex-funcionários da Expresso Cruzador, transportadora que decretou falência em 26 de maio de 1999, devem receber os valores dos direitos trabalhistas. O montante, atualizado em agosto deste ano, chega a R$ 10.344.816,08. O advogado e síndico da massa falida, Lindor Lauro Müller tem a expectativa de que até o fim deste mês os pagamentos iniciem.
Previsão confirmada pela juíza da 2ª Vara Judicial da Comarca local, Maria Beatriz Londero Madeira, pois os pagamentos estão suspensos, apenas, em virtude de ajuizamento de incidente de impugnação de créditos pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “O Fundo impugnou o quadro geral de credores elaborado pelo síndico, porque não foi nele incluído. Alega que seu crédito também é preferencial, e deveria receber juntamente com os trabalhistas”, explica a magistrada que já deu vista da mesma ao síndico, porém, observa, provavelmente a impugnação não terá força para dificultar os pagamentos aos trabalhistas, pois não há valores suficientes em conta.
Após a decisão sobre a impugnação será iniciado o processo de confecção de alvarás. Segundo ela serão confeccionados 397 alvarás, sendo que alguns empregados possuem mais de uma habilitação, o que pode totalizar 392 habilitados a receber os valores.
Assim que expedidos, os procuradores serão intimados para retirada em cartório e poderão sacar os valores a serem recebidos junto à Caixa Econômica Federal. “Antes, o cartório entrará em contato com a Caixa, a fim de se adotar um procedimento que gere o mínimo de tumulto possível, tanto nos serviços prestados pelo Judiciário quanto pela Caixa, considerando o elevado número de alvarás”, frisa a juíza.
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