A situação, no dito popular poderia ser posta como uma ‘faca de dois gumes’. Aos pais, no começo, contratar um serviço de transporte escolar mais em conta pode parecer bom. Porém, mais a frente pode causar prejuízos pela falta de qualificação do serviço e do próprio acompanhamento familiar.
Em meio a esse debate estão motoristas do setor, a comunidade escolar (desde pais, alunos até as escolas) e a fiscalização de trânsito. Enquanto estes profissionais precisam fazer valer a legislação, em uma ponta estão pais e educandários descontentes com a forma de prestação do serviço e de outro os condutores das vans, que se vêem prejudicados, em muitos casos, pela falta de consciência dos estudantes de como se portar dentro dos veículos.
Estes são apenas alguns dos exemplos colocados na roda de discussões durante reunião na segunda-feira, 4, à tarde no auditório da Secretaria Municipal de Educação. Compareceram 22 representantes de microempresários da área, mais integrantes do Departamento de Trânsito, das pastas de Administração e Educação, além do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) de Lajeado.
Apontamentos
Neste primeiro encontro para tratar destas situações que geraram reclamações, o fiscal de trânsito Hamilton Zunino Monteiro explicou que a intenção foi justamente trazer ao grupo de motoristas as reclamações de familiares para se chegar em um denominador comum, alcançando a forma mais correta de transporte coletivo.
A Secretaria de Educação recebeu apontamentos como crianças que são deixadas defronte a escola sem haver ninguém no local ainda, excesso de velocidade das vans, falta do uso do cinto de segurança, veículos que são deixados ligados enquanto o condutor sai para pegar alguma criança e até mesmo de menores de idade levando outros no colo.
Em contraponto os condutores relatam o desafio diário de não encontrar vagas para estacionar defronte as escolas, pois muitos carros acabam tomando conta das vias, parados inclusive em faixas amarelas; situações de crianças que não permanecem sentadas em seus bancos no trajeto de ida e volta para escola; e de alguns casos onde não há o bom senso de fiscais ao aplicar punições.“Eu acho que o maior problema nisso é nós conseguirmos fazer uma fusão dos objetivos. O dos motoristas é de transportar e dos próprios pais de que os filhos sejam transportados de forma segura. E o nosso como fiscais não é de multar, mas simplesmente de que isso aconteça de forma correta”, afirma Hamilton Monteiro.
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 06/08/2014.