
Realidade em Venâncio Aires, o lançamento de esgoto não tratado em cursos d’água ainda é um dos principais fatores do baixo índice de qualidade da água, que ameaça a saúde da população e a preservação do meio ambiente. A boa notícia é que a gerência local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) trabalha com a possibilidade de dar início à operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município já no próximo ano.
Para isso, o empreendimento de R$ 4,5 milhões precisa ser concluído, o que deve ocorrer ainda este ano. Conforme o mestre de obras Edson José de Oliveira, a parte estrutural deve estar pronta daqui a 20 dias. Já a hidráulica, tem seu término previsto para dezembro. No momento, 12 profissionais da empresa lajeadense Arcol Engenharia Ltda atuam na construção da estação, iniciada em 2011 e com previsão inicial de estar pronta em 2013. O prazo foi estendido mais de uma vez.
Em paralelo às obras da ETE, vem sendo realizada a implantação da rede coletora de esgoto nas vias públicas. De acordo com o gerente local da Corsan, Ilmor Dörr, já há 22 mil metros instalados em ruas da área central e de bairros da “parte baixa” da cidade. Isto sem contar as vias que estão recebendo obras de pavimentação por meio do PAC já acompanhadas da instalação do sistema de coleta, como forma de evitar a ‘abertura’ das mesmas depois de concluído o trabalho.
A rede coletora é ligada às residências através de uma caixa de inspeção instalada na calçada, os chamados ‘ramais’, que precisam estar conectados à instalação predial de esgoto. A norma é que esta ligação precisa ser feita pelo proprietário do imóvel, mas a Corsan deve montar uma equipe para acompanhar o processo de instalação.
“Talvez, a Corsan vai ter uma equipe ou contratar uma empresa para realizar esse serviço de interligação, pois há residências onde o sistema de esgoto da residência está num nível mais baixo que a rede de esgoto da rua, o que vai exigir um sistema de bombeamento”, destaca o gerente local.
Ligado à rede coletora, o esgoto não mais seguirá pela rede coletora de águas pluviais, que, hoje, segue em direção a cursos d’água, como o arroio Castelhano, sem passar por tratamento.
Para dar início ao funcionamento da estação, Dörr também cita a necessidade de montar uma equipe de trabalho para atuar junto ao local. Ao longo de 15 ou 20 anos, diz que a ideia é todas as residências da área urbana contarem com o serviço de tratamento de esgoto.
PAGAMENTO
Um dos principais questionamentos da população é em relação ao pagamento pelo serviço de tratamento do esgoto. Dörr explica que a fatura será enviada junto com a conta de água e o valor a ser cobrado corresponde a 70% do valor da água, sem contar o valor da taxa de serviço básico.
A matéria completa está disponível na edição deste sábado, 15