
Durante a solenidade de assinatura do contrato que prevê a revitalização de 97 dos 232 quilômetros da RSC-287, ontem pela manhã, em Santa Cruz do Sul, o secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen, e o presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Nelson Lídio Nunes, disseram que o pior trecho da rodovia é o que está compreendido entre Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul e garantiram que o Governo do Estado fará todo o esforço possível para reduzir o desconforto para os usuários da região. As obras devem iniciar ainda neste mês.
Antes da assinatura do convênio, que ocorreu na prefeitura de Santa Cruz do Sul, Pedro Westphalen e Nelson Lídio Nunes, acompanhados do deputado estadual Edson Brum (PMDB) e de prefeitos da região, vistoriaram as obras do viaduto Fritz e Frida, que têm previsão de estarem concluídas no fim do ano. Mais tarde, no Palacinho, as autoridades voltaram a destacar o esforço do governo no que se refere à destinação dos R$ 12 milhões para a recuperação entre os quilômetros 28, em Tabaí, e 125, no acesso a Vale do Sol. “Quando pegamos a EGR, ela era só uma cobradora de pedágio. Hoje, após dois anos, se tornou superavitária, com capacidade de investimento. Já estamos colhendo os frutos”, afirmou Westphalen.
Em relação às estradas gaúchas, fizemos em dois anos o que não foi feito nas últimas duas décadas. Esta região tem sido contemplada porque é necessário e porque as comunidades têm nos auxiliado permanentemente”, Pedro Westphalen.
Tanto o secretário quanto o presidente da EGR deixaram claro que o poder público não tem recursos suficientes para a obra realmente necessária da RSC-287, porém sinalizaram com a possibilidade de implementação de faixas adicionais em alguns trechos, o que seria um primeiro passo para o sonho de duplicação da rodovia. “A EGR tem o diagnóstico, quilômetro por quilômetro, das necessidades das rodovias gaúchas. E, no levantamento, a 287 desponta como estrada que precisa de recuperação permanente”, comentou Nunes.
DUPLICAÇÃO
De acordo com as declarações das autoridades estaduais e informações apuradas nos bastidores pela reportagem da Folha do Mate, a duplicação começará a se concretizar no trecho entre a Capital do Chimarrão e Terra da Oktoberfest. “Não vamos divulgar ainda, pois é possível que as dificuldades financeiras não permitam investimentos em breve, mas há um grupo no Governo do Estado que está trabalhando justamente nisso”, revelou uma fonte que pediu para não ser identificada. É consenso que o trecho tem diversos problemas estruturais que precisam ser resolvidos antes da evolução das obras para a pavimentação.
DEMANDAS LOCAIS
• O prefeito Giovane Wickert e o vice Celso Krämer participaram da cerimônia no Palacinho e, após o protocolo oficial, tiveram oportunidade para conversa reservada com Pedro Westphalen e Nelson Lídio Nunes.
• Giovane Wickert pediu suporte do Governo do Estado para as questões envolvendo as ERSs 422 e 224, além de uma solução para o trevo de acesso ao bairro Coronel Brito, na RSC-453. Em relação à 422, que liga Venâncio Aires a Boqueirão do Leão, as máquinas devem ser percebidas logo no trecho para as obras de patrolamento e melhorias das condições de tráfego. A comunidade ameaça bloquear a via se nada for feito até o dia 15.
• Sobre a 244, que leva da Capital do Chimarrão até Vale Verde, no momento, nada além de eventual roçada para “abrir a estrada”, conforme declarou Wickert, deve ser feito. O secretário dos Transportes esteve no local e conheceu “as pontes que levam do nada para lugar nenhum”, mas não há previsão orçamentária para grandes atividades.
• Uma sinaleira na RSC-453 é o encaminhamento mais provável para a prevenção de acidentes e garantia de mais segurança para os pedestres que diariamente precisam fazer a travessia do local. Sobre isso, o prefeito de Venâncio falou ao pé do ouvido de Nelson Lídio Nunes: “Presidente, se me conseguir a sinaleira, a manutenção a gente faz”.