Começa nesta segunda-feira, 27, a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais uruguaias. A disputa, no próximo dia 30 de novembro, será entre os candidatos do governo, Tabaré Vasquez, e do tradicional Partido Nacional (ou Blanco), Luís Lacalle Pou.
“As eleições de domingo (26) foram as mais disputadas dos últimos 20 anos no Uruguai”, disse à Agência Brasil o cientista político Mauro Casa. “O que esté em jogo não é apenas a Presidência do Uruguai, que será definida em um segundo turno, mas também a composição do Congresso que apoiará o novo governo.”
Até o fim da noite desse domingo, só haviam sido apurados 11% dos votos. Mas todos os candidatos se basearam nos resultados de boca de urna para fazer seus discursos, agradecendo os eleitores pelo voto e lançando as campanhas para o segundo turno.
Não é a primeira vez que haverá segundo turno entre candidatos da Frente Ampla e do Partido Nacional. Em 2010, o ex-guerrilheiro Jose Pepe Mujica derrotou o ex-presidente Luís Lacalle de Herrera (1990-1995) – pai de Lacalle Pou – que buscava um segundo mandato.
Tanto Tabaré Vasquez quanto Mujica (que foi eleito senador) têm altos índices de popularidade: nas suas gestões, o Uruguai cresceu, a pobreza diminuiu e o desemprego caiu de dois dígitos para um.
Além de ter votado para presidente, vice, deputados federais e senadores (que terão todos mandatos de cinco anos), os uruguaios participaram de um plebiscito para reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos.
A iniciativa, do Partido Colorado, foi derrotada, mas reflete uma das maiores preocupações dos eleitores uruguaios hoje: o aumento da insegurança. As exigências são uma reforma para melhorar a educação (especialmente no segundo grau) e para a saúde.