Vamos promover a paz!?

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Se o desejo de paz é consenso na sociedade, como fazer com que ele saia do papel e se transforme em realidade? No dia em que se comemoram os 196 anos de Independência do Brasil, a Folha do Mate aborda o assunto por meio do tema que orienta as atividades da Semana da Pátria em Venâncio Aires: ‘Vamos promover a paz!?’. 

Mais do que uma proposição, a frase é um incentivo para que, por meio de ações cotidianas, as pessoas contribuam para uma sociedade mais justa, tolerante e pacífica. Na sequência, confira dicas de profissionais ligados às áreas de educação e segurança pública para promover a paz no dia a dia.

Foto: Odilã Sandex / Divulgação Na quarta-feira, 5, estudantes realizaram Caminhada da Paz e atos de reflexão, no Centro
Na quarta-feira, 5, estudantes realizaram Caminhada da Paz e atos de reflexão, no Centro

Paciência e empatia no trânsito

 

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateCapitão Michele: “O que falta, na maioria das vezes, é se colocar no lugar do outro.”
Capitão Michele: “ o que falta, na maioria das vezes, é se colocar no lugar do outro.”

Para a capitão Michele da Silva Vargas, da Brigada Militar, os diversos acidentes de trânsito são reflexo da correria e do estresse das pessoas. “Em muitos casos, o automóvel se torna uma arma.” Para ela, manter a calma, ter paciência e empatia são formas de evitar inúmeras situações e garantir um trânsito mais seguro e pacífico. “O que falta, na maioria das vezes, é se colocar no lugar do outro.”

 

Da mesma forma, uma postura de mais tranquilidade pode ajudar a evitar conflitos maiores, em uma situação de acidente. “É preciso manter a calma. Muitas vezes, as pessoas se alteram muito por questões apenas materiais”, observa Michele. 

Outro aspecto destacado pela comandante da Brigada Militar está relacionado ao uso de álcool. “É uma das principais causas de brigas e de violência doméstica.” Por conta disso, evitar o uso de bebidas alcoólicas e encaminhar para tratamento de saúde familiares que abusam do uso de álcool são dicas da capitão para promoção da paz. “Não podemos esquecer que a família é a base. Se as crianças não tiverem uma base familiar, um lugar para onde queiram retornar para casa, vão procurar essa paz na rua, mesmo que ela seja ilusória.”oO que se observa é que, na maioria das vezes, falta se colocar no lugar do outro.”

MICHELE DA SILVA VARGASCapitão da Brigada Militar

Diálogo e participação ativa na escola

Foto: Juliana Bencke / Folha do MateAlice:  Conhecimento liberta e um sujeito livre vive mais a paz”,
Alice: “conhecimento liberta e um sujeito livre vive mais a paz”

Promover um ambiente de paz na escola passa pela responsabilidade de professores, funcionários e estudantes, mas, também, das famílias. A coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Alice Theis, ressalta que a escola é o ambiente certo para resolver situações conflituosas envolvendo os alunos. “A orientação às famílias é que não tentem resolver os problemas pelas redes sociais. O lugar certo para esclarecer as coisas, por meio do diálogo, é na escola. O diálogo é a base da paz”, enfatiza. 

Para Alice, a presença dos pais na escola não pode se restringir às entregas de boletins. “A família deve ter o hábito de procurar a escola para conversar, participar das assembleias, acompanhar a vida escolar do filho, para que ele, de fato, aprenda e se conscientize que precisa conhecer. Conhecimento liberta e um sujeito livre vive mais a paz”, salienta.

É fundamental que as famílias participem das decisões da escola, participem das assembleias, da Associação de Pais e Mestres (APM), do Conselho Escolar. Comprometimento promove paz.”

ALICE THEISCoordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação

Tolerância e bom senso na internet

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateDelegado Vinícius: “Precisamos saber que nossa opinião poderá ser criticada, e saber receber críticas também reduz a violência
Delegado Vinícius: “Precisamos saber que nossa opinião poderá ser criticada, e saber receber críticas também reduz a violência

Em muitos momentos, o ambiente livre e instantâneo da internet transforma-se em um território sem lei, onde prevalecem ataques e discursos de ódio. Para o delegado de polícia Vinícius Lourenço de Assunção, tolerância e bom senso por parte dos internautas são atributos essenciais para evitar a disseminação da violência na internet.

 

De acordo com ele, é importante ser seletivo nas amizades virtuais – assim como nas não virtuais -, elegendo pessoas que efetivamente são conhecidas e evitando a inclusão de ‘amigos’ com os quais jamais se teve uma conversa. 

Da mesma forma, ele lembra a importância de utilizar as redes sociais com sabedoria tanto para evitar compartilhamento de informações e notícias duvidosas quanto ao manifestar opinião. “Precisamos saber que nossa opinião poderá ser criticada, e saber receber críticas também reduz a violência. Esse é um conselho valioso tanto em âmbito virtual como fora dele.”

Saber receber críticas também reduz a violência. Evitar discussões no meio virtual é crucial para a redução da violência.”

VINÍCIUS LOURENÇO DE ASSUNÇÃODelegado de polícia

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