Acompanhando a onda de protestos que estão programados para ocorrer hoje, em todo o país, Venâncio Aires também se organiza para marcar o 16 de agosto. Pelas redes sociais, a população foi convidada a fazer parte da mobilização agendada para 16h, na Praça Evangélica.
A Brigada Militar informou que não foi avisada sobre o ato em Venâncio, nem solicitada para realizar a segurança durante o manifesto.
Conforme o evento criado nas redes sociais, até esta manhã, 98 pessoas confirmaram presença. Na página os organizadores orientam que ninguém leve bandeiras, faixas e cartazes de partidos políticos. “Sabemos que toda manifestação é democrática, mas durante reunião de alguns representantes do movimento, ficou decidido que não compactuaremos, tão pouco nos responsabilizaremos por quaisquer que sejam os atritos que possam vir a deslegitimar nosso manifesto”, diz uma postagem.
Além da Capital do Chimarrão, estão previstas manifestações em outras cidades do Rio Grande do Sul, como: Lajeado, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, Caxias do Sul, Espumoso, Imbé, Novo Hamburgo, Pelotas, Santa Maria, Santo ângelo e Vacaria.
Domingo Negro
O dia 16 de agosto não foi escolhido ao acaso para marcar os protestos contra o governo Dilma Rousseff. Nesta data, há 23 anos, em 1992, o então presidente Fernando Collor de Mello foi alvo de uma das maiores manifestações contra um governo no período pós-redemocratização, protagonizada pelos caras-pintadas.
Três dias antes de 16 de agosto, que ficou conhecido como o ‘domingo negro’, em meio às turbulências e as denúncias que pesavam contra sua gestão, além do consequente enfraquecimento e isolamento político, Collor fez um pronunciamento à nação, pedindo que usassem o verde-amarelo da bandeira brasileira, em seu apoio. Mas o que ocorreu foi o contrário. Os brasileiros saíram às ruas de todo o país vestidos de preto, com os rostos pintados de verde-amarelo, pedindo a saída de Collor.