Venâncio cede um brigadiano à força-tarefa

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O aumento no número de homicídios em cidades da Região Metropolitana, principalmente em Alvorada, levou os setores da Segurança Pública a adotarem uma estratégia. Foi criada uma força-tarefa que terá um prazo para normalizar a situação ou, ao menos, reduzir os índices até então apontados.Na quarta-feira, o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, anunciou detalhes da força-tarefa que tem como objetivo reduzir em 20% os crimes de homicídios na Região Metropolitana de Porto Alegre. Para isso, o efetivo da Brigada Militar terá um acréscimo de 200 policiais militares deslocados da regiões Metade Sul e Missões. “As cidades de onde eles foram retirados não sofrerão nenhum prejuízo no policiamento. Os que virão representam de 1 a 2% do efetivo de cada município”, destacou Michels.A Polícia Civil terá um acréscimo de 60 policiais, que serão distribuídos na Região Metropolitana para reforçar os trabalhos de investigação. “A Polícia Civil e a Brigada Militar irão trabalhar de forma integrada e com dedicação exclusiva para reduzir os homicídios”, afirmou. De acordo com o secretário, existe uma histórica má distribuição dos policiais civis e militares no Estado. “Em algumas cidades, o efetivo policial é o dobro se comparado às cidades com igual população”, ressaltou o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP).A criação da força-tarefa surgiu após reuniões entre a SSP, Chefia de Polícia e Comando da Brigada Militar, durante o primeiro trimestre de 2012, quando os índices de homicídio apresentaram uma elevação em torno de 20%.

BRIGADA MILITAROs 200 policiais militares chegaram quarta-feira à tarde na Academia de Polícia, na Capital. Ontem e hoje participam de treinamento e reciclagem em técnicas de abordagem, patrulhamento, instrução de tiro, direitos humanos, entre outras áreas e depois serão distribuídos nas cidades de Alvorada, Viamão, Cachoeirinha, Gravataí e Porto Alegre.Serão 125 policiais militares na Região Metropolitana e 75 na Capital. A ação deverá durar dois meses e serão aplicados R$ 720 mil para o pagamento adiantado de diárias.Da região do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) do Vale do Rio Pardo, 15 brigadianos foram designados para atuar na força-tarefa. Do 23º Batalhão de Polícia Militar são cinco homens, sendo apenas um da 3ª Companhia.Existe a possibilidade de prorrogação da força-tarefa, por igual período, se o resultado esperado não for atingido. “Nesse caso, um novo grupo de 200 policiais militares será destacado. Nossa intenção é fazer um revezamento para que mais policiais do interior passem por essa experiência e recebam a qualificação”, afirmou o comandante-geral em exercício da Brigada Militar, coronel Altair de Freitas Cunha.

POLíCIA CIVILDurante quatro meses, os 60 policiais civis destacados vão atuar nas cidades de Porto Alegre, Guaíba, Canoas, Alvorada, Viamão, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas. “Vamos envolver todas os municípios da Região Metropolitana, que representam 65% dos homicídios do Estado. Nossa ideia é aprofundar as investigações desses crimes”, afirmou o delegado Ranolfo Vieira Júnior. Uma verba de R$ 640 mil será aplicada nos custos desse trabalho.Em cada cidade, uma Delegacia de Polícia cuidará exclusivamente dos homicídios. Os policiais da força-tarefa – nenhum deles de Venâncio Aires – farão as atividades cartorárias da DP para os policiais já lotados e que conhecem as especificidades locais possam realizar operações e cumprir mandados de busca e realizar prisões.Para suprir a deficiência de efetivo, após o período da força-tarefa, essas cidades devem receber parte dos 800 novos agentes que atualmente encontram-se em formação.

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