Nesta semana o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de janeiro de 2015. Num cenário no qual o Brasil perdeu 81 mil empregos, o Rio Grande do Sul teve geração de 8 mil vagas, Venâncio Aires teve saldo positivo de 481 postos de trabalho com carteira assinada.
Durante o primeiro mês do ano foram contratados 1.043 trabalhadores em Venâncio e demitidos 562, deixando saldo de 481 empregos criados com carteira assinada, número que colocou o município como terceiro que mais gerou empregos no Estado. Vacaria lidera o ranking com 5.286 empregos de saldo, criados pela contratação sazonal da colheita da maçã. Santa Cruz do Sul, o segundo com saldo de 754 e Venâncio, o terceiro com 481, também tem o reflexo da contratação de trabalhadores temporários, mas para a indústria do tabaco, que começa a processar a safra colhida no campo.
A indústria da transformação, onde está o tabaco, contratou 758 trabalhadores e demitiu 242, deixando saldo positivo de 516 trabalhadores. O setor de serviços teve 26 vagas criadas, mas a construção civil teve saldo negativo de 23 vagas, o comércio – 20 e a agropecuária -19, puxando para 481 o saldo final do mês, que se equipara aos anos anteriores, quando foram 452 empregos gerados no mês de janeiro em 2014, 745 em 2013 e 417 em 2012.
Na região, além dos 754 empregos gerados em Santa Cruz do Sul, Lajeado, que não tem a mão de obra da indústria do tabaco, teve geração de 160 empregos em janeiro.
NO RS
No Rio Grande do Sul, janeiro teve saldo de 8.388 empregos gerados, equivalente a uma expansão de 0,31 % em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal expansão deveu-se principalmente ao crescimento do emprego nos setores da Agropecuária (+ 6.962 postos) e Indústria Transformação (+4.969 postos), cujos saldos mais que superaram a perda registrada no setor do Comércio (-4.414 postos).
NO BRASIL
No país a geração de empregos reflete a situação econômica em queda. Desde 2010 a geração de empregos vem caindo em janeiro. Dos 181 mil empregos de saldo gerados em janeiro de 2010, o país registrou saldo negativo de 81 mil, empregos em janeiro de 2015, conforme mostra o quadro. O País registrou no período 1.600.094 admissões e 1.681.868 desligamentos. O saldo ficou negativo em 81.774 postos de trabalho.
O Ministro Manoel Dias destaca como positivo que depois de oito meses perdendo vagas, a indústria de transformação voltou a contratar no mês de janeiro, acrescentando ao mercado 27.417 postos de trabalho. Entre os destaques estão a indústria calçadista, com 7.554 novos empregos, mecânica, com 3. 968, a têxtil, com 3.451 e a de borracha, com 3.292 empregos. Até a indústria de celulose, que perdeu 483 vagas, teve o melhor desempenho em três meses.
O relatório, segundo o ministro Manoel Dias, mostra que há motivos para manter o otimismo com relação à geração de empregos no País em 2015. “As políticas que temos desenvolvido, na área social, com programas como o Minha Casa Minha Vida, como o Bolsa Família, elas não serão interrompidas. Os investimentos em infraestrutura não serão interrompidos e muitos dos investimentos previstos por empresas privadas não serão interrompidos. Isso vai continuar ajudando o País e gerando empregos”, argumentou. Dias lembrou que, além disso, os ajustes que estão sendo feitos nas contas públicas, também terão impacto positivo no País. “Tenho que lembrar que o mundo não superou a crise iniciada em 2008. A OIT fala que ainda serão necessárias 100 milhões de vagas para que o mundo volte a ter o mesmo número de empregados de antes da crise”, complementou.
EMPREGOS
O número de trabalhadores em Venâncio, em 1º de janeiro de 2015, conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, é de 15.087 com carteira assinada registrados em 4.405 estabelecimentos diferentes. Em janeiro foi acrescido o saldo de 481.
Na região de Santa Cruz, são 20.103 estabelecimentos que empregam 68.607 pessoas. No RS são 711.764 estabelecimentos que empregam 2.680.114 pessoas com carteira assinada. No Brasil, de 200 milhões de habitantes, são 8.172.920 estabelecimentos que empregam com carteira 41.205.495 trabalhadores. Um em cada cinco brasileiros tem carteira assinada, conforme o Ministério.