Com informações de Janine Niedermeyer.
O movimento de Venâncio Aires na China juntamente com o governo do estado, ainda no ano passado, está prestes a render mais frutos. O município faz parte dos planos da China Tabaco Internacional do Brasil (CTIB), que vai investir US$ 40 milhões para a construção de escritórios, armazéns e fábricas, sendo US$ 20 milhões no ano que vem. Santa Cruz do Sul também é cotado pelos investidores.
A notícia foi divulgada no jornal ChinaDaily no dia 4 de outubro, no entanto, nem mesmo o governo do estado sabia da informação, do qual tomou conhecimento pela Folha do Mate. Na reportagem do jornal chinês, o vice-presidente da CTIB, Ye Hai, afirma que os investimentos serão feitos na joint-venture China Brasil Tabaco (CBT), formada em 2012 juntamente com a Alliance One International. “Nós ganhamos o apoio de associações agrícolas e industriais locais, porque os projetos vão criar mais oportunidades de emprego e renda fiscal. A decisão será tomada com a consideração das políticas fiscais e os preços da terra. A construção de armazéns será o primeiro passo”, revelou Ye.
O anúncio é mais um capítulo da história iniciada em 2013 quando o prefeito Airton Artus liderou uma comitiva, juntamente com representantes do governo do estado, para realizar uma visita à sede principal do monopólio do tabaco chinês. Por lá, ficou acertada a formação da joint-venture que seria oficializada posteriormente em solo gaúcho.
Da Rússia, onde acompanha a 6ª Conferência das Partes para o Controle do Tabaco (COP 6) Artus afirmou ao repórter Guilherme Siebeneichler, que acompanha a comitiva, que a prefeitura está trabalhando para formalizar a instalação desta nova unidade em território venâncio-airense desde a visita à sede da CTI em Pequim, na China. “Tenho mantido contato, colocando o nosso trabalho à disposição da empresa. O que está ao nosso alcance estamos fazendo.”
“O que estava ao nosso alcance fizemos, vamos aguardar e não entrar em disputa”
Airton Artus – prefeito de Venâncio
O valor do investimento poderá ser aplicado na construção de uma nova unidade ou na compra de uma indústria já existente. “As duas opções são avaliadas. Converso com a direção da empresa ao longo dos últimos meses, vamos aguardar todas as definições,” conclui. De acordo com o prefeito, o momento é de aguardar as tratativas da companhia.
A FOLHA ESTAVA LáA Folha do Mate acompanhou de perto a negociação entre Rio Grande do Sul e China no ano passado. Em dezembro o jornalista Guilherme Siebeneichler integrou a comitiva oficial como enviado especial ao país asiático.