Falta de brigadianos, que já dificulta o trabalho preventivo nas ruas do Estado, será ainda mais sentida nos próximos dias. Com a realização de mais uma Operação Golfinho, a 46ª, cerca de 2,8 mil servidores deixarão suas sedes e atuarão no Litoral Norte e outros balneários do Estado. Além de salva-vidas, são designados para atuar no policiamento de rua.
Apesar de ainda não se ter a confirmação, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires vão perder 14 homens. São oito da BM e seis dos bombeiros. Parte deste contingente já está em treinamento e – outra segue para o Litoral Norte nos próximos dias – e suas faltas são sentidas pelo comando das guarnições da Capital Nacional do Chimarrão.
Exemplo disso aconteceu terça-feira pela manhã, quando os bombeiros foram acionados para atender, quase que simultaneamente, dois incêndios em estufas de fumo, no interior do Município, distante cerca de 25 quilômetros um do outro. Como há somente três dos cinco motoristas de plantão – um está de licença para tratamento de saúde e o outro está em treinamento na Operação Golfinho – o atendimento a um dos sinistros foi feito após a chegada de um dos motoristas que estava de folga.
Segundo o major Eduardo Gener Pinheiro Medeiros, a saída dos servidores para atuarem na operação é um fato normal dentro da corporação. O oficial cita que além destas ‘ausências’, ainda possui outros bombeiros afastados das suas funções e teme perder, no início do próximo ano, mais alguns, por aposentadoria. “Dificulta nosso serviço, mas é um fato normal”, avalia.
Na BM, a perda momentânea dos brigadianos vai dificultar a escala de serviço. Entre os dias 19 de dezembro e 28 de fevereiro – período em que todos os selecionados permanecem fora dos quartéis -, o policiamento de rua perde cerca de 15% do seu efetivo.
No Litoral, além do serviço de salva-vidas, os brigadianos são mobilizados para o policiamento ostensivo.