No primeiro dia da 37ª Expointer foi comercializado, no pavilhão da 31ª Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), o valor de R$ 127.680,40 com a venda de 3.203 peças, superando o mesmo período do ano passado, quando foi comercializado 1.879 peças e arrecadado um total de R$ 87.670,80. A Expoargs conta este ano com 218 artesãos de 49 municípios gaúchos, dispostos em 118 estandes.
Um dos destaques entre os expositores são as irmãs Ferreira, de Caçapava do Sul, a quarta geração de mulheres da família a marcar presença na Expointer. Tendo a lã como matéria-prima, o trabalho artesanal tem passado de geração em geração na família desde a bisavó e a tradição é mantida hoje pelas irmãs Zulma e Rosicler, filhas de Feliciana, de 85 anos.
“Vivemos só do artesanato e vivemos bem. Não tenho do que me queixar. Adoro o nosso trabalho. é uma terapia. Quem vive do artesanato não tem estresse”.
Zulma – artesã há 40 anos
“No início, utilizávamos tear comum, que nos permitia tecer apenas uma peça por dia. Hoje, usamos o tear de pente, com o qual conseguimos tecer um rolo de tecido e depois fazemos as peças. Dividimos as tarefas e, assim, produzimos oito peças ao dia”, conta. Desde 1979, a família comparece ao evento. Este ano, Zulma e Lurdes estarão presentes na exposição, que acontece paralelamente à Expointer. Cerca de 300 peças de tecelagem da família, como palas, jaquetas, coletes, cobertores, meias e capas estão sendo comercializadas com valores entre R$ 35 e R$ 150.

EVENTO
O evento reúne profissionais, que possuem Carteira de Artesão e participam do Programa Gaúcho do Artesanato. O documento viabiliza aos artesãos a isenção de ICMS para a circulação de seus produtos, a emissão de notas fiscais, a possibilidade contribuir com a Previdência Social e aposentar-se por tempo de serviço, a exportação de produtos como pessoa física e a comprovação de renda para fins de empréstimos bancários, além da participação de exposições e feiras para comercialização dos produtos. Em 2013, a Expoargs comercializou 30.405 peças, totalizando R$ 1.062.565,60.
A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), órgão vinculado à Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul (STDS), desenvolve o Programa Gaúcho do Artesanato, que incentiva a profissionalização e fomenta a atividade artesanal com políticas de formação, qualificação e apoio à comercialização. São 43.225 artesãos participando ativamente do programa e 23 Casas e/ou Lojas do Artesão em todo o Estado.