Com informações de Agência Brasil.
Ao contrário de 2016, quando o maior número de registros do vírus da gripe foi do subtipo H1N1, neste ano, a maior circulação tem sido do tipo H3N2, conforme aponta a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI). De acordo com a presidente do órgão, médica Isabella Ballalai, tanto o H1N1 como o H3N2 são tipos de influenza, portanto não existe um novo vírus em circulação no Brasil. Segundo ela, as variações são igualmente graves. “Não tem mais grave e nem menos grave. Por isso que as vacinas são tri ou quadrivalentes procurando proteger de três ou quatro tipos de influenza que circulam entre nós.”
De acordo com a SBI, no ano passado, o H1N1 foi responsável por 90% dos casos registrados no Brasil, mas este ano ainda está restrito até agora a 2%. A presidente da entidade explica que o H3N2 é um vírus que já causou surtos no país em outros períodos e é o mais prevalente no hemisfério Norte.
“Ele não mudou, mas é o que este ano está circulando mais. Não é porque ele esteja novo”. Ela explica que apesar de a população popularmente buscar a vacina do H1N1, as doses sempre contêm os tipos H1N1, H3N2 e B.
Imunização
Segundo Isabella, a melhor época para a imunização é justamente o outono. “O ideal seria vacinar sempre em março e abril. A gente já tem casos graves, já tem óbitos e precisa vacinar”, afirma. A antecipação evita ainda a falta de vacinas, o que costuma ocorrer quando há surtos como o de 2016.
“Se vai ser grave, se vai ser igual ao ano passado a gente não tem como dizer. Prevenção a gente faz independente de surto, a gente se vacina para não ter surto. é isso que o governo está fazendo”, diz. Ela lembra que a vacina demora, pelo menos, de duas a três semanas para proteger quem for imunizado.