Quando tinha dez anos de idade em 2005, Daniela Bublitz começou a fazer trabalho voluntário na Organização Não Governamental Parceiros da Esperança (Paresp). Hoje, ela está com 20 anos e com o laço cada vez mais forte com a entidade, pois sempre auxilia a Paresp no que for preciso e em eventos. Além disso, canta nas programações realizados pela entidade. A música ‘Esperança’ é uma marca registrada.

Com esses anos de trabalho voluntário, Daniela percebeu que ajudar os outros é um dos propósitos de sua vida em Venâncio Aires. “Eu saio da Paresp renovada. Quero mostrar para as crianças que tudo é possível. Qualquer sonho pode ser realizado com persistência.”

A jovem, que estuda teatro e piano em Porto Alegre, diz que a sua participação na Paresp iniciou no primeiro jantar da entidade. Foi chamada para cantar. “Como eu cantei ‘Esperança’, a Sara da Rosa gostou e disse que iria fazer dessa música o hino da entidade e que eu podia ser a cantora. Isso me gratificou.”

A partir daí, Daniela criou um vínculo com as crianças e passou a frequentar o local com frequência. Assim começou a história dela com a Parceiros da Esperança. O trabalho voluntário passou a trazer qualidade interior não, somente, para os pequenos, mas também para ela. “Com o carinho deles, eu não preciso de mais nada. Isso me traz alegria e paz para o meu coração e para a minha vida. Quando eu vejo a esperança renascer nas crianças, é como se renascesse para mim.” Para Daniela, o abraço das crianças é algo que renova. “Isso não tem explicação. Tudo o que eu faço aqui é de coração. Nunca vou pedir nada em troca.” Ela também auxilia na Associação de Cadeirantes. “é uma entidade que também precisa ser muito auxiliada. Eles precisam ser ouvidos.”

O espírito do voluntariado também está na mãe de Daniela, Vânia, e no pai, Darci. O casal também está desde o início auxiliando na entidade e passou a ser a primeira família voluntária da Paresp. “Sempre ajudamos no que for preciso, independente, do que for. Se todos ajudassem um pouco, o mundo seria bem melhor”, destaca Vânia.

Como o trabalho forma voluntária traz benefícios, Vânia recomenda que as pessoas também o façam. “Venham aqui, uma hora por dia, e abram os seus corações. Tenho certeza que quando voltarem para casa serão outras pessoas. Para mim, ajudar é tudo e me traz coisas boas, principalmente, para o meu interior.” Ela destaca ainda que Venâncio Aires é uma terra abençoada, pois há muitas pessoas que ajudam o próximo.”Não trocaria essa cidade por outra.”

 

Foto: Carolina Schmidt / Folha do MateVânia e Daniela (ao centro) com as crianças da Paresp
Vânia e Daniela (ao centro) com as crianças da Paresp

“Ajudar é uma satisfação interna”

Maria Cléria Uhlmann atua no grupo das Amigas da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Venâncio Aires (Apae) há cerca de 15 anos. As participantes realizam feiras, chás, produzem artesanato e pano de prato com o objetivo de arrecadar recursos para a Apae. Ela também faz parte do Lions Melvin Jones e depois de atuar como professora por 25 anos, se aposentou e começou com o trabalho voluntário. Ela diz que o voluntariado traz resultados positivos para quem dá e para aqueles que recebem.“Me sinto muito satisfeita de poder trabalhar pela Apae. Eu fico feliz em poder ajudar os outros e ainda mais por saber que fazendo esse trabalho aqui em Venâncio Aires vou melhorar a qualidade de vida deles das crianças.” Conforme Maria Cléria, o município traz o traço forte do trabalho voluntários, pois há os clubes de serviços como Lions e Rotary e demais entidades das áreas de saúde, assistência social, educação e segurança, que se preocupam com a população e os auxilia nas diferentes dificuldades. “Cada um atua na sua linha de ação para ajudar os demais.”