Entre os vereadores que abriram seus votos acerca dos projetos relacionados aos subsídios, que voltam à pauta da Câmara na sessão de segunda-feira, 25, alguns fizeram manifestações além do favorável ou contrário. Renato Gollmann (Podemos) e André Kaufmann (PRD), por exemplo, deixaram claro que são favoráveis às propostas como estão agora, com os 18% de reajuste diluídos em quatro anos. Eles afirmaram que não concordariam com as proposições da forma como foram apresentadas inicialmente, com 17% para o Executivo e 25% para o Legislativo de uma só vez. Lembrando que ambos são da oposição.
Também favorável, a governista Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) fez críticas a colegas que, segundo ela, estão se declarando contra a majoração por medo da repercussão. “Para os aproveitadores hipócritas, que têm discurso totalmente desvinculado da sua prática, qualquer valor será muito alto. Mas isso quem tem que triar é o povo, através do voto”, disparou. Uma outra manifestação da pedetista teve como ‘alvo’ o desafeto Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB). “Alto é o subsídio de quem não trabalha, não se dedica e não tem compromisso com a comunidade”, disse, em alusão ao fato de Muchila ser motorista concursado, mas fazer parte da diretoria do sindicato da categoria e receber função gratificada (FG) que inclusive foi contestada na Justiça, contudo está mantida.
Ainda sobre os bastidores das votações, comentários dão conta de que o governista Gerson Ruppenthal (PDT) ainda avalia como vai votar por conta de supostamente ter sido ‘cobrado’ por Claidir Kerkhoff Trindade (União Brasil) por não ter colocado as propostas em votação no ano passado, quando era presidente da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. Houve um momento, em 2023, que foi ventilada a possibilidade de apresentação das matérias, o que acabou não acontecendo. Com isso, a ‘bomba’ ficou para Claidir. Reza a lenda que o ex e a atual presidente teriam se estranhado em uma reunião da base de governo. Aliás, a indecisão de Ruppenthal seria um dos principais motivos para os pedidos de vista de Ana Cláudia. Tudo pode acontecer na sessão de segunda.
O desembarque dos secretários
Pode chegar a sete o número de secretários municipais a deixarem as suas funções no começo do mês de abril para cumprimento de exigência eleitoral. Tiago Quintana e Sid Ferreira, ambos do PDT, responsáveis pela Saúde e Infraestrutura e Serviços Públicos, reassumem vagas na Câmara de Vereadores a partir da sessão do dia 8 do mês que vem. Nilson Lehmen e Celso Ademir Ferreira, ambos do MDB e atualmente comandando o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Rural, respectivamente, saem dos cargos para concorrer a uma cadeira na Câmara em outubro.
Zé da Rosa (Republicanos) e Ricardo Landim (União Brasil), que no momento lideram a Cultura e Esportes e a Habitação e Desenvolvimento Social, também estão na lista. A única dúvida é Émerson Eloi Henrique (PDT), secretário de Educação. A princípio, não deve colocar o nome à disposição da comunidade em 2024. Isso porque está envolvido com a coordenação da área cultural da 17ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim) e tem muito trabalho à frente da pasta, especialmente no sentido de fechar a gestão com índices favoráveis. Ele fez 300 votos em 2020, afirma que é partidário e, se for preciso, estará de prontidão. Se não concorrer a vereador, estará na coordenação da campanha à reeleição de Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB).
Claudete e Vicky filiadas no PSD
Durante a semana, soube de duas filiações concretizadas pelo PSD, partido liderado pelo vereador Nelsoir Battisti. São duas mulheres, ambas bastante conhecidas, uma com histórico na política e outra que surge como novidade para o pleito de 2024. Estou falando de Claudete da Luz e Vicky Schuck. A primeira decidiu deixar o MDB – partido pelo qual chegou a assumir cadeira na Câmara, na atual legislatura – para tentar a sorte no PSD. Deixou muito boa impressão quando esteve na Casa do Povo.
A segunda é professora na rede municipal há 28 anos. Vai colocar o nome à disposição dos venâncio-airenses e, apesar da novidade, se diz confiante para o pleito. “Tenho uma intuição muito forte que está me dizendo para embarcar neste desafio”, comentou. Ela também trabalhou vários anos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), cedida pelo Município, e foi a primeira voz feminina da Rádio Terra FM. O Schuck que carrega no sobrenome é do marido, e não há parentesco com o Vicente que dá nome ao plenário da Casa do Povo, onde ela espera estar a partir de janeiro do ano que vem, como vereadora eleita.