Venâncio Aires foi castigada, mais uma vez, pelas enxurradas. A água veio com força no sábado e no domingo e, por todos os lados, foi possível notar pessoas desesperadas com prejuízos e sem saber o que fazer. Novamente, o sentimento de impotência tomou conta dos moradores da parte baixa da cidade, principalmente, que nada puderam fazer para evitar que suas residências fossem invadidas. O mesmo aconteceu com proprietários de estabelecimentos da região e de pontos que normalmente ficam alagados quando o volume de chuva é elevado.

Que alguma coisa precisa ser feita não há dúvida. Só que já ficou mais do que claro que a intervenção não pode ser apenas paliativa. Precisa ser profunda e constante, sob pena de a região baixa deixar de existir ou se o município parar de crescer naquele sentido. Ontem, o prefeito Jarbas da Rosa afirmou que o planejamento prevê a implementação de mecanismo de macrodrenagem, para que as tubulações garantam mais vazão à água em dias de chuvas torrenciais e evitam alagamentos e os prejuízos decorrentes.

Se é isso que precisa, que se faça! Que se tire do papel, porque, às vezes, fica a impressão de que só pensamos no problema quando ele bate à nossa porta. A pauta ambiental nunca esteve tanto em evidência como agora, provavelmente pelo fato de que, quando se começou a falar disso, já em tom de alerta – pelo menos há uns 30 anos -, não foi dada a devida atenção. O futuro já chegou, os problemas estão aí e temos que resolver. Só que é necessário partir para a prática, inclusive driblando a burocracia, se for o caso. A Administração deve fazer a sua parte e a comunidade tem de estar disposta a ajudar. Inclusive deixando de jogar lixo no chão, como muitos fazem sem pensar nas consequências.

Defensora envia ofício à Câmara

A defensora pública Luciana Artus Schneider encaminhou ofício ao Poder Legislativo, por meio do qual solicita direito de resposta sobre a manifestação do vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), na sessão do dia 10 de fevereiro. Na oportunidade, o socialista questionou a atuação da defensora, que na gestão de Giovane Wickert (PSB) teria ameaçado ajuizar ação contra a Prefeitura, por não disponibilizar uma parada de ônibus na Praça da Matriz, mas não estaria atuando, agora, em benefício da comunidade, no que diz respeito aos frequentes casos de falta de água. Muchila sugeriu que Luciana não estaria tendo a mesma postura pelo fato de que o atual prefeito, Jarbas da Rosa (PDT), é do mesmo partido que o pai dela, o deputado estadual Airton Artus (PDT). Não está definida a data e o horário, mas a defensora, provavelmente, deverá utilizar a tribuna da Casa do Povo nas próximas reuniões.

Rapidinhas

O vereador Alberto Sausen (Podemos) está indicando ao Executivo que estude a viabilidade de concessão de adicional de risco de vida a servidores efetivos ocupantes dos cargos de operador de máquina e motorista. Nada demais, à primeira vista, a não ser pelo fato de que o parlamentar seria um dos beneficiados. É operador de motoniveladora lotado na capatazia de Vila Deodoro, no interior de Venâncio Aires, onde reside.

Está confirmada para o dia 10 de março, uma segunda-feira, a partir das 19h, a sessão solene do Poder Legislativo de Venâncio Aires que vai reconhecer mulheres empreendedoras. Em relação ao Carnaval, será instituído ponto facultativo nos dias 3 e 4 de março, com o expediente sendo retomado às 12h do dia 5, e segue até as 18h. A sessão do dia 3 de março será antecipada para o dia 26 de fevereiro, quarta-feira, com início às 18h.

Luciana Scheibler (PDT) sugere que a Administração de Venâncio Aires implemente um projeto de reflorestamento para a região de Vila Mariante e arredores, pontos duramente atingidos pelas cheias de maio de 2024. De acordo com ela, a iniciativa seria de extrema importância, tanto como forma de elevar a autoestima da comunidade, quanto para valorização de imóveis e moradores. “A recuperação ambiente é muito necessária”, diz.

Ezequiel Stahl (PL) encaminhou pedido de informação à Prefeitura sobre quem são os 100 maiores devedores de tributos do Município, entre eles Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Contribuição de Melhoria, Imposto Sobre Serviços (ISS) e taxas. A solicitação se refere às dívidas ainda não ajuizadas. Segundo o parlamentar, a intenção é colaborar para coibir o desperdício do dinheiro público e uma eventual renúncia de receitas.