Assim deve ser, ao que tudo indica, o Mais Brasil, legenda criada a partir da fusão de PTB e Patriota. Em Venâncio Aires, a sigla surge ‘grande’, com cinco vereadores, mas isso deve mudar em questão de pouco tempo. A não ser que uma supresa ocorra a nível de estado e país, o partido pode até esvaziar na Capital Nacional do Chimarrão. André Kaufmann, Ezequiel Stahl, Renato Gollmann, Diego Wolschick e Clécio Espíndola, o Galo, parlamentares que, no momento, estão ligados ao Mais Brasil, já começaram as articulações para mudar de agremiação.
Tudo vai depender da segurança jurídica. Se tiverem sinal verde logo, os vereadores vão consolidar a debandada. No entanto, se restar dúvida a respeito da jurisprudência e não for afastado todo e qualquer risco de perda de mandato, os políticos terão que recuar e aguardar a janela de abril de 2024, seis meses antes do próximo pleito municipal. Certo é que, quando houver mudanças, o Partido Liberal (PL) terá cadeiras na Câmara de Venâncio Aires. Kaufmann, Stahl e Wolschick são os mais cotados no PL.
Progressistas e União Brasil também podem ganhar vereadores. No caso do Progressistas, seria uma novidade, já o União Brasil aumentaria a bancada, pois tem atualmente um assento na Casa do Povo. Cadeira que, por sinal, a partir de terça-feira, dia 1º de novembro, passa a ser ocupada pela titular, Claidir Kerkhoff. Para o seu lugar, na Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social, vai Ricardo Landim (União Brasil), que desde o início da atual legislatura está na Câmara Municipal de Venâncio Aires.
Por fim, Gollmann e Galo ainda não têm futuro bem definidos. O primeiro tinha intenção de ir para o Podemos, migração que ficou menos provável após o desempenho de Celso Krämer (Podemos) na corrida à Assembleia Legislativa. O partido, recém-criado em Venâncio Aires, pode estar com os dias contados. Galo, por sua vez, tem afinidade com o PDT e o Republicanos, fora outros convites que já recebeu e pretende analisar com calma.
Muchila sobre Parque e portarias
Vereador Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), entrou em contato com a coluna para se manifestar a respeito da publicação de quinta-feira, 27, quando apontei equívocos de sua parte em pronunciamento, na sessão da Câmara de segunda-feira, 24, sobre matéria divulgada na Folha do Mate que trazia informações sobre investimentos no Parque do Chimarrão. “Li sua coluna e concordo integralmente com ela, numa leitura superficial interpretei equivocadamente a matéria”, escreveu o parlamentar.
Já sobre a ‘provocação’ do prefeito Jarbas da Rosa (PDT), de que Muchila deveria voltar a ser motorista na Prefeitura, cargo para o qual é concursado, o vereador destacou que “fui eleito para o sindicato e ele foi eleito prefeito, desfalcando o posto de saúde. Hoje falta médico e não vejo movimento dele para ele voltar ao posto”. Crítico das portarias assinadas por Jarbas da Rosa que permitem que cargos em comissão (CCs) conduzam veículos oficiais, o parlamentar enviou imagem de um automóvel da frota do Município que teria sido batido por um servidor com portaria e ficou parciamente destruído. “E se ele tivesse matado alguém?”, indagou.
Tabaco: Moraes volta ao ataque
Ainda sobre a polêmica envolvendo política e fumicultura, o deputado federal reeleito, Marcelo Moraes (PL), voltou a contatar a coluna, com o pedido de espaço para contrapor declarações do presidente do PT de Venâncio Aires, Cesar Schumacher. Moraes sustentou que, na primeira oportunidade em que se manifestou, “falei sobre tabaco e não citei a família de ninguém. Os Moraes não têm um fiapo que seja de relação com corrupção”. O político reforçou que foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aderiu à Convenção-Quadro e criou a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq). “O PT sempre foi e sempre será contra a fumicultura. Houve época que queriam exigir banheiro químico e refeitório na roça”, insistiu.
A respeito da citação de Schumacher acerca do “orçamento secreto”, Moraes argumentou que “não há orçamento secreto e tudo está apresentado, de forma transparente”. O deputado também lembrou dos escândalos do Mensalão e do Petrolão, ocorridos nos governos do PT e que, de acordo com ele, serviram para “usurpar dinheiro das nossas estatais para pagar o Parlamento, tanto que os ex-diretores devolveram mais de R$ 6 bilhões aos cofres públicos”. Por fim, disse também que “Lula é um descondenado, que contou com a caridade de um amigo, o ministro Edson Fachin, indicado pela Dilma Rousseff, para poder concorrer”.