Troquei mensagens, ontem, com o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Nelsoir Battisti, e o vice-presidente da Indústria da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), Vilmar de Oliveira, que estão em Hannover, na Alemanha, participando da maior feira industrial do mundo, sobre as suas primeiras impressões.

Eles disseram que as primeiras atividades foram palestras e visitas guiadas. “De modo geral, trabalha-se com as linhas de sustentabilidade ambiental, globalização dos serviços, individualização e personalização dos produtos, inteligência artificial e qualificação profissional”, comentou o chefe do Executivo. Segundo ele, a força da comunicação e das redes sociais está em destaque, já que proporciona o diálogo de qualquer empresa com o resto do mundo, “com players de venda e organização para entregas”.

Entre os cinco eixos destacados pelo prefeito, inteligência artificial e qualificação profissional são as temáticas que mais se repetem. “Falam muito na digitalização e automação dos processos, mas não no sentido de acabar totalmente com os recursos humanos. Ouvi bastante sobre oportunizar que o trabalhador deixe de ser apenas uma presença no chão de fábrica, digamos assim, e passe também a ser um ‘pensador’, que contribui com ideias e sugestões que possam ser importantes na produção. Um exemplo, na prática, é a inspeção de qualidade final do produto”, comentou.

Tanto Jarbas quanto Battisti falaram ainda a respeito da qualificação profissional, destacando que, na Capital do Chimarrão, está em andamento o programa Qualifica Venâncio, que tem como finalidade capacitar mão de obra para atividades específicas. “A gente fica muito feliz de saber que estamos atualizados neste sentido, de que temos a percepção correta das necessidades do mundo atual. A orientação é de que os governos e as empresas precisam investir em qualificação”, afirmou o prefeito.

De acordo com ele, um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que, até 2025, o déficit de trabalhadores na área da Tecnologia de Informação (TI), por exemplo, será de 800 mil vagas. “Hoje, a estimativa é de que 10 milhões de jovens entre 18 e 25 anos não conseguem se colocar no mercado de trabalho porque não têm qualificação profissional. Existem os recursos humanos e as vagas, mas não existe a qualificação. A Prefeitura está antenada para isso e a área de TI é justamente uma das escolhidas para 2023”, declarou Jarbas. Battisti acrescentou que “o sistema de coleta de lixo deles é igual ao nosso, inclusive os contêineres e caminhões são iguais ou muito semelhantes.”

Vilmar de Oliveira completou ressaltando a importância de conhecer outros membros da comitiva brasileira e conversar sobre tendências. “A partir de amanhã (hoje), os grupos vão se dividir e visitar os pavilhões de tecnologia e inovação, de acordo com as suas áreas de interesse”, observou. O representante da Caciva argumentou que, apesar de cansativa, a participação na feira é prazerosa, pois agrega muito conhecimento e oportuniza o estabelecimento de uma rede de contatos, em busca de melhores desempenhos ou aperfeiçoamento dos próprios métodos.

Rapidinhas

  • Ouço muitas opiniões de que estaria na hora de parar a contagem de óbitos em decorrência da Covid-19. Que a doença teria se tornado mais uma entre tantas e que mata como qualquer outra. Ao mesmo tempo, especialistas defendem que o coronavírus ainda é um risco. Uma pauta a ser debatida.
  • Assim como outros moradores de Linha Sapé, a colega de Folha do Mate, Júlia Brandenburg, está vibrando com a chegada do asfalto em frente à sua casa. “Pensa numa guria feliz e multiplica”, escreveu ela em mensagem enviada ontem.