Eentre os tantos nomes que circulam, atualmente, quando se fala na eleição de 2024, um tem sido cada vez mais comentado, em especial pelos políticos com tendência de direita: Luciano Spies. Há uma convicção de que ele seria uma grande novidade no cenário eleitoral majoritário, tanto pela atuação destacada como advogado, como pela gestão à frente do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). Lideranças políticas já consolidadas, inclusive, já chegaram a pedir ao deputado federal Marcelo Moraes (PL) para que tentasse convencer Spies a se filiar e disputar a Prefeitura. No entanto, as conversas nunca aconteceram.
Em uma conjuntura considerada ideal por quem defende a tão falada terceira via – que seria alternativa aos nomes de Jarbas da Rosa (PDT) e Giovane Wickert (PSB) -, Spies chegaria ao PL e teria, como vice na chapa, o vereador André Kaufmann (Mais Brasil), cuja tendência é de assinar ficha com o Progressistas, partido considerado ‘envelhecido’ em Venâncio Aires. Se isso acontecesse, haveria possibilidade de buscar, entre outros, Republicanos, União Brasil e PSDB, inicialmente. E não estaria descartada a formação de uma grande aliança para garantir a vitória nas urnas.
O grande problema de quem vê este cenário como extremamente favorável para o pleito do ano que vem, é que o principal nome desta composição não quer entrar para a política. Spies não cogita concorrer. Se diz lisonjeado pelo fato de ser lembrado para um processo eleitoral majoritário, mas afirma com todas as letras que não está nos planos buscar a carreira política. E a direita, que sabe-se lá por quais legendas será formada em 2024, parece não ter um plano B. Deve começar a pensar nisso, pois o advogado que é o sonho de consumo já deixou bem claro que não está à disposição. Quanto mais demora, mais difícil fica o quebra-cabeça.
Como ficarão as bases de apoio?
Fora a questão de como se organizará a direita na Capital Nacional do Chimarrão, há dúvidas também sobre quem serão os partidos que apoiarão as prováveis candidaturas de Jarbas da Rosa (PDT) e Giovane Wickert (PSB). Atualmente, Jarbas tem na sua base MDB, PSD, Republicanos, Cidadania, União Brasil (PSL + DEM) e PSC, mas este último não apresentou sequer nomes à Câmara em 2020.
Giovane teria ‘poder’ de atrair, quase que automaticamente, Mais Brasil (ex-PTB) e Podemos (do ex-vice-prefeito Celso Krämer). O PT, se não apresentar candidato à majoritária, teria a tendência de estar com o socialista. Restariam PL, Progressistas e PSDB. Há quem defenda que se deve esquecer a eleição de 2022 para presidente, para que não tenhamos mais uma polarização, mas me parece improvável que os reflexos não estejam no cenário de 2024.
Rapidinhas
• Cresce na Câmara de Vereadores a insatisfação por conta do tempo reduzido de uso de tribuna pelos parlamentares. Na segunda-feira, 6, não houve período de Comunicações em virtude da convocação de representantes da Corsan, que falaram sobre as queixas envolvendo a qualidade da água nas últimas semanas em Venâncio Aires. Na sessão anterior, os tempos caíram de sete e cinco minutos para cinco e três minutos, respectivamente, em razão do adiantado da hora. E não é só os vereadores que gostam de falar. A comunidade também quer ouvir o que eles têm a dizer, já que o Poder Legislativo se reúne apenas uma vez por semana.
• Boa parte dos políticos está à espera do ‘fato novo’ para a corrida eleitoral de 2024 à Prefeitura. Enquanto a novidade não aparece, os nomes já conhecidos começam a ganhar força. É por isso que o tira-teima entre Jarbas da Rosa (PDT) e Giovane Wickert (PSB) está cada vez mais mais maduro.
• Na próxima segunda-feira, 13, a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires começa às 18h, uma hora mais cedo do que o normal. Isso porque, logo depois, a partir das 20h, haverá sessão solene em homenagem às mulheres, com reconhecimento de empreendedoras locais.
• Assim como outros vereadores, Renato Gollmann (Mais Brasil) está só esperando a janela de 2024 para trocar de partido. Segundo ele, uma ida para o PDT – algo bastante comentado ultimamente – “é pouco provável, mas não se descarta”. Nos bastidores, as apostas são de que o parlamentar deve rumar para o Podemos, onde está o ex-vice-prefeito Celso Krämer, para estruturar a sigla. Krämer não vai concorrer, mas ficará na retaguarda.