Estamos a um ano da eleição do dia 4 de outubro de 2026. A partir de agora, quem tem alguma pretensão de concorrer e ainda não botou o ‘bloco na rua’, certamente o fará, porque começa uma espécie de contagem regressiva em busca do voto. A redação integrada da Folha do Mate e Terra FM conversou, nos últimos dias, com os agentes políticos de Venâncio Aires que, de alguma forma, foram ou vêm sendo cotados para colocar o nome à disposição. E, em um primeiro momento, de confirmado mesmo para o pleito, só o deputado estadual Airton Artus (PDT). Ele é o primeiro suplente da legenda na Assembleia Legislativa e, no ano que vem, pretende garantir uma vaga de titular.
Ainda em relação à corrida ao Palácio Farroupilha, três outros nomes têm sido especulados: Vinícius Lourenço de Assunção (União Brasil), delegado de Polícia que, atualmente, está lotado em Lajeado, mas fez carreira na Capital Nacional do Chimarrão; Ezequiel Stahl (PL), vereador de terceiro mandato, que também exerce a função de policial penal; e Sandra Wagner (PSB), ex-vereadora que hoje ocupa função na Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS). Todos demonstram interesse em confirmar candidaturas, mas estão mantendo a cautela, em busca de consolidação de apoio junto às executivas municipais e estaduais. Assunção parecia decidido a concorrer, mas também passou a adotar um tom de ponderação, em especial pelo fato de que o seu partido, União Brasil, articula possível federação com o PP.
E há ainda duas mulheres venâncio-airenses avaliando a possibilidade de concorrerem a uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília. A vereadora Alessandra Ludwig (PDT), que está no seu primeiro mandato, é vista como potencial candidata para trabalhar a pauta da causa animal, uma característica sua. E a vice-prefeita Izaura Landim (MDB) é a preferência do partido na Região dos Vales do Taquari e Rio Pardo. Confira a matéria completa sobre o assunto nas páginas 10 e 11 desta edição da Folha.
Pressão sobre HSSM e médicos?
Cada vez mais vereadores, especialmente os integrantes da base do governo, comentam a respeito da necessidade de o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) ‘abraçar’ a realização de exames e cirurgias. Recentemente, com o anúncio do mutirão para cirurgias de catarata e exames em diversas especialidades — um investimento de R$ 1,55 milhão, com R$ 750 mil de recursos próprios da Prefeitura e R$ 800 referentes a sobras orçamentárias da Câmara de Vereadores —, parece haver uma espécie de pressão para que a casa de saúde e o corpo médico unam esforços para atender às demandas apresentadas. A impressão é de que, em determinadas situações, não há interesse, especialmente dos médicos, de se colocarem à disposição para os serviços. O problema seria o baixo valor pago, já que as intervenções são pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Oficialmente, há silêncio em relação ao assunto.
Executivo: cobrança sem exemplo
Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), gravou vídeo na frente do prédio da Prefeitura — com direito a abertura de plantão da Globo — para criticar a Administração por não manter em dia o piso tátil na calçada. Ele destacou a existência de um buraco no caminho das pessoas com deficiência visual e ressaltou que, ao mesmo tempo em que cobra a sociedade nesse sentido, o Executivo não faz o básico no passeio público que é seu, “um dos mais acessados da nossa cidade”, nas palavras do parlamentar. Embora Muchila, muitas vezes, exagere nas suas cobranças e postagens nas redes sociais, dessa vez ele tem total razão. E, para contribuir, a Administração, que recentemente divulgou que vai intensificar a fiscalização aos terrenos baldios, poderia começar limpando o ‘mato’ que começa a tomar conta do prédio da antiga Casa de Cultura, na esquina das ruas Osvaldo Aranha e Reynaldo Schmaedecke. Fica no Centro, distante uma quadra da Prefeitura, e trata-se de um local histórico. Cobrar sem dar exemplo é complicado, não pega nada bem.
Rapidinha
Nas próximas semanas, a Câmara de Vereadores de Venâncio Aires irá apreciar alguns projetos de lei de autoria do Poder Executivo que preveem a concessão de benefícios a empresas locais. Matérias como essas têm surgido cada vez com mais frequência. As justificativas dos projetos costumam ser semelhantes: o Município entende que, mais do que prospectar a vinda de empreendimentos de fora da Capital do Chimarrão, é fundamental atentar para as necessidades das empresas que aqui já estão instaladas.