Na coluna de terça-feira, publiquei tópico sobre a reivindicação do vereador Everton Dias (PDT) de ampliação do transporte de pacientes para Porto Alegre. Ele sugere que sejam disponibilzados, diariamente, dois horários com micro-ônibus ou vans. Sobre a pauta, o também vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), encaminhou mensagem à coluna destacando que a iniciativa é “legítima, mas não inédita”. Ele disse que trabalha o tema de forma sistemática e que faz pedidos formais de aumento no número de veículos destinados ao transporte de pacientes desde 2021. “Segundo informações não oficiais, houve licitação este ano com foco na ampliação, sendo previsto o início de um novo serviço, com segundo horário diário, a partir de agosto”, comentou.
Outro assunto abordado por Muchila é referente ao Centro Acolher. O parlamentar protocolou pedido de informações ao Poder Executivo sobre o espaço, inaugurado oficialmente na segunda-feira, 14. Segundo ele, “o objetivo é esclarecer pontos relacionados à escolha do imóvel, os investimentos realizados, a estrutura oferecida e os mecanismos de segurança pública e social adotados no entorno”. O vereador afirmou que a medida foi tomada considerando diversas manifestações nas redes sociais. Em material repassado aos veículos de comunicação, Muchila salienta uma “possível ligação entre o proprietário do imóvel e ex-agentes públicos”.
O socialista não cita nomes, mas a coluna apurou que a casa alugada para sediar o Centro Acolher é de propriedade da mãe do ex-vereador André Puthin, hoje no Republicanos. Ao ser contatado, ele disse que a residência pertence à sua mãe e que ficou à disposição, em imobiliária, depois do falecimento do seu pai, Wilson Puthin. “Nunca tratamos com ninguém do governo sobre isso. É só criação de narrativa para ganhar likes. A casa está no meu nome por questão de inventário, mas a renda é da minha mãe. Não preciso usar a política para ganhar dinheiro”, disse Puthin, que é suplente na Câmara. Ele lamentou ainda que o MDB e a vice-prefeita Izaura Landim tenham sido “misturados no assunto que nada tem a ver com eles” e que acredita que o seu pai iria gostar, “até por ter sido o primeiro vereador a tocar nessa necessidade de um abrigo para o inverno”.
Clube de Leituras homenageado
O Clube de Leituras, lembro bem, esteve à beira do abismo. Sequer havia, há alguns anos, alguém interessado em assumir a presidência da entidade. Foi quando o corretor de imóveis Telmo Kist pegou o desafio para si e deu início a uma jornada que, ontem, foi marcada por uma grande e justa homenagem. O Clube de Leituras e a Clube Orquestra de Venâncio Aires foram reconhecidos pela Assembleia Legislativo do Estado do Rio Grande do Sul, em solenidade realizada em Porto Alegre, por iniciativa do deputado estadual Airton Artus (PDT).
A distinção, além da satisfação pela certeza do trabalho bem feito, é um estímulo para a continuidade das atividades do Clube, que recentemente teve aprovada a possibilidade de venda da área onde estão as quadras de areia e terá – quando a venda se concretizar – oportunidade de deixar a casa completamente em ordem e, de quebra, fazer investimentos para melhorar a infraestrutura e atrair sócios, o que é considerado essencial para o futuro da entidade. Parabéns a todos os envolvidos e sigam com este belo trabalho.
Battisti sobre Compra Assistida
Na sessão da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires de segunda-feira, 14, Nelsoir Battisti (PSD) garantiu que, se ele e a colega Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) não tivessem ido a Brasília, isso na semana passada, “não teriam sido convocadas mais 60 famílias, pelo programa Compra Assistida, para adquirirem seus imóveis”. Battisti afirmou que “os processos estavam trancados” e que só foram adiante após reunião intermediada pelo deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos). “Foi uma agenda um pouco quente até, mas que teve um desfecho muito importante para nós. A presença foi fundamental”, acrescentou ele.
Em seguida, Battisti voltou a destacar a relevância das idas a Brasília, que são, muitas vezes, criticadas por outros vereadores e também pela comunidade, em virtude dos valores gastos com passagens aéreas e com diárias para deslocamento, alimentação e hospedagem. “Peço aos colegas para que também marquem presença em Brasília, porque é lá que está o dinheiro e estão as pessoas que tomam as decisões. Se não estivermos presentes, pelo menos nos momentos mais decisivos, outros estarão e serão contemplados com os recursos”, argumentou. Antes de encerrar, comentou que teve a oportunidade de conversar com secretário nacional de Política Agrícola, Guilherme Campos, que teria dito que “o governo não é contra a produção de tabaco, como se ouve muito por aí”.