Com o anúncio de Alexandre Wickert de que pretende concorrer a prefeito pelo Partido Liberal (PL) e as prováveis candidaturas de Jarbas da Rosa (PDT) e Giovane Wickert (PSB), o cenário eleitoral vai se afunilando e, além destes três nomes, devemos ter, ou não, alguém do PT no pleito majoritário. A partir disso, e se nenhuma outra novidade for anunciada, é possível fazer uma reflexão sobre os rumos que devem tomar os 15 vereadores eleitos em 2020 e suplentes que já assumiram na atual legislatura.

Em relação aos vereadores e suplentes de situação, o mais provável é que sigam com Jarbas, pois embora alguns episódios de conflito tenham sido registrados, neste momento a base se mostra coesa. Talvez seria prudente deixar alguma dúvida para Benildo Soares e, em consequência, para o partido dele, o Republicanos. De resto, só se alguém resolver se filiar a outras legendas. Sobre o PT, caso lance um nome, não existe, no momento, vereador ou suplente que apoie a candidatura. Mas, volto a lembrar, pode haver troca de sigla.

Giovane teria, inicialmente, Sandra Wagner e Elígio Weschenfelder, o Muchila, os dois parlamentares eleitos do PSB, mais o suplente imediato Jairo Bencke e outros que fizeram votação mais baixa. Faltariam, nesta conta, os vereadores que se elegeram pelo PTB, que agora é Mais Brasil. Dos cinco, Renato Gollmann é o que está mais perto do Podemos, para onde também deve ir Diego Wolschick. André Kaufmann estuda filiação ao Progressistas, mas também tem outros caminhos possíveis. Ezequiel Stahl ‘namora’ com o PL, enquanto Clécio Espíndola, o Galo, pode acabar no quadro do Republicanos.

Com as movimentações – lembrando, mais uma vez, que são apenas especulações, no momento -, Giovane poderia perder cinco vereadores: Stahl e Kaufmann, uma vez ‘abraçando’ a direita, seriam apoiadores de Alexandre; Galo trabalharia por Jarbas – coisa que já fez na eleição do ano passado, quando apoiou Airton Artus para deputado estadual; e Gollmann e Wolschick dependeriam do que vai ‘costurar’ Celso Krämer, ex-vice-prefeito e que vai assumir o Podemos. Apesar de ter cumprido um mandato ao lado de Giovane, ele dá sinais de aproximação com a base governista. Resta saber se haverá receptividade. São movimentos que terão reflexo nas urnas em 2024.

Giovane e a iluminação pública

O ex-prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB), contatou a coluna para repercutir informação divulgada recentemente pelo Poder Executivo, liderado por Jarbas da Rosa (PDT). Segundo ele, levando em consideração que já foram gastos R$ 10,9 milhões para implementação de lâmpadas de LED em 55% do total de pontos de iluminação pública, até a conclusão dos trabalhos o investimento deve ficar entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões.

A partir dos números e da estimativa, lembrou que, quando estava na Prefeitura, tinha R$ 6 milhões em caixa, referente à Contribuição de Iluminação Pública (CIP), e enviou um projeto para a Câmara, pedindo autorização para contratar R$ 8 milhões em financiamento, montante que seria suficiente para custear toda a operação, incluindo o interior. “Na época, a oposição foi contra e não tivemos como encaminhar o início do trabalho. Se tivesse começado, hoje teríamos tudo pronto e a CIP já estaria mais baixa. Com a pandemia, nada pôde ser feito e, agora, tudo ficou mais caro”, disse.

Projeto dos R$ 15 milhões na CCJ

O projeto do Executivo que pede autorização da Câmara para a contratação de operação de crédito, junto à Caixa Econômica Federal (CEF), no valor de R$ 15 milhões, estava na pauta da Ordem do Dia e seria votado na sessão de ontem. Contudo, acabou baixado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Presidente da CCJ, o vereador Ezequiel Stahl (Mais Brasil) afirmou que a medida se deu pelo fato de as ruas que serão pavimentadas com os recursos não estarem indicadas na proposta. “Sim, baixamos. Talvez semana que vem eles mandem as informações”, alfinetou. Parte dos R$ 15 milhões será utilizada para a revitalização do Centro Municipal de Cultura.

Rapidinhas

  • Fiz contato ontem, com o prefeito Jarbas da Rosa (PDT), para saber das novidades. Conforme ele, “está tudo tranquilo” e a prioridade é acompanhar a conclusão do asfalto de Linha Sapé. Além disso, espera poder inaugurar outras obras, nas áreas de saúde e educação.
  • O pessoal não perdoa. Vereador Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), que já se manifestou contra o rodízio na Câmara e costuma desdenhar os suplentes, está 15 dias fora do Legislativo para dar espaço a Jairo Bencke. A justificativa, claro, é o interesse particular.