A tradição passa pelos caminhos dos tropeiros

Para a nossa geração, um ‘relembrar’, às novas, uma aula que não se esgota. Assim foi o desfile temático que encerra as comemorações farroupilhas 2018. A importância dos tropeiros e suas tropas para a identidade sul-rio-grandense foi um dos melhores temas, inclusive destacado pelo cachoeirense Adriano Alves Franco, que há 10 anos mora em Venâncio Aires. E realmente, podemos perceber que desde o mês de agosto, a temática foi amplamente trabalhada, sendo motivo de seminário na 24ª Região Tradicionalista (24ª RT), e durante a Semana Farroupilha também foi evidenciado nas escolas, por prendas e peões.

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do Matexxx
Adriano Alves Franco, com os filhos, Miguel e Thomaz, representou a figura dos tropeiros no desfile, ele que é integrante do CTG Chaleira Preta
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Patrono dos Festejos Farroupilhas, 2018, Oli Joaquim Franco e a madrinha da gestão de Prendas e Peões da 24ª RT, Manoela Carvalho, fizeram parte do palanque oficial

HOMENAGEMNeste 20 de setembro, os gaúchos homenagearam estes homens, que ao longo da história foram os responsáveis pela economia de diversos estados. Tudo que, atualmente, é transportado por nossos motoristas, em um passado não muito distante, era carregado no lombo de mulas e burros, cruzando fronteiras. E, estes tropeiros que passavam longos períodos longe de suas famílias, foram os construtores de uma cultura que merece o reconhecimento e respeito de todos nós. Gastronomia, danças birivas linguajar, e exemplos de força, estão entre os legados deixados por eles, sem contar o fator econômico. Parabéns, a todos que se dedicaram para que o desfile deste ano, mais uma vez, honrasse as nossas tradições. E que venha 2019!

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do Matexx
Professora Cristini Machry Alf e Bruna Heinen, do departamento cultural da ATVA foram as responsáveis pela apresentação do cerimonial, com maestria

CURIOSIDADENo fim de cada dia, os tropeiros acendiam o fogo, construiam uma tenda com os couros que serviam para cobrir a carga dos animais. Alguns eram reservados para colocar no chão, onde eles dormiam envoltos para se aquecer do frio. Segundo a história, estes locais eram chamados de ‘encosto’ ou pouso em pasto aberto, e ‘rancho’ quando já havia um abrigo construído.Ao longo do tempo, os principais pousos se transformaram em povoações e vilas, inclusive nos vales do Taquari e Rio Pardo.

 MEU ABRAÇO VAI PARA…

 

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Os amigos – Fernando Steffen (CTG Lenço Branco), Lusandro André Hickmann (GF Essência da Tradição), Décio Ellert (CTG Erva-Mate), Fernando Adir Musa (PTG Parceria Campeira), Renato Dameda (CTG Querência da Mata, Mato Leitão), Celso da Rosa (CPF Terra de Um Povo), Marisa Stefen, Ana Beatriz Zeppe e Jardel Royer (GAN Estância Nativa). Estes amigos estampam a capa da Folha do Mate, deste 20 de setembro, representando as ‘siglas’ que constituem as entidades tradicionalistas. Aos demais que não puderam se fizer presentes, sintam-se abraçados.