Foto: Ricardo Fernandes/Divulgação / Folha do MateTarciso Lenz trouxe o modelo do Paraná
Tarciso Lenz trouxe o modelo do Paraná

 

” Um projeto com desejo de continuação se iniciou em 2012, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Chaleira Preta, na Linha Bela Vista, passou pelo Parque do Chimarrão, e retorna à sede da entidade, neste domingo, 12. Idealizado por Tarciso Lenz, o modelo de ‘costelão’ que foi trazido do Paraná, onde o ‘paranaúcho’ morou com a família, na região metropolitana de Londrina e participava de CTG, completa uma dúzia de edições. Nas últimas quatro, um novo capítulo começou a ser contado e hoje é marca registrada do Costelão. De acordo com o coordenador-geral das oficinas, modalidades individuais da entidade, édison Azambuja Aquino, para um acendimento simbólico do fogo, gerado ainda na madrugada, foi convidado o associado Dorcélio Schuster para representar a família Chaleira Preta. Ele está à frente desta atividade há quatro edições.”Tarciso Lenz – Associado

Da primeira edição a gente nunca esquece

“Lembro que era fevereiro de 2012” e algumas pessoas da Invernada Xirú estavam fazendo uma limpeza no antigo galpão do CTG”, conta Tarciso. Ele relata que tudo se iniciou a partir de uma conversa entre alguns amigos junto com o patrão da entidade, na época Márcio Baierle.

Ainda, em novembro de 2011, a família Chaleira Preta havia aumentado com a filiação da Invernada Artística, quando surgiram as invernadas Mirim, Juvenil, Adulta e Xirú, que se somaram à Campeira, origem da entidade. Com isto, novos projetos se faziam também importantes para aproximar todos os associados , também da comunidade. O projeto, então, passou a ser realizado duas vezes ao ano: no mês de março e no dia 20 de setembro.

Sonho maiorNesta edição, os organizadores aguardam cerca de 500 participantes para saborear do assado, quando cerca de 25 costelões deverão ser consumidos, na sede em Linha Bem. Com isto, um sonho maior vai sendo alimentado: bater recorde. “O Costelão do Chaleira Preta hoje já é tradição e tem por principal objetivo cultivar as amizades, divulgar nossa tradição e tornar a nossa entidade ainda mais forte”, destaca Lenz.

Equipe e organizaçãoA primeira equipe de trabalho foi constituída por Lindomar Silva, Roque Wiebeling, Lusandro Hickmann, Jarlei Wacholtz e Tarciso Lenz. Atualmente a coordenação dos trabalhos fica a cargo de Tarciso Lenz e Lusandro Hickmann, auxiliados pela Invernada Xirú e simpatizantes.

“No início éramos poucas pessoas para as tarefas de fazer lenha, e fogo, espetar e salgar a carne e epois cuidar o fogo em torno de seis a oito horas, tempo para que a carne fique completamente assada. Iniciávamos os trabalhos às 3h da madrugada. Hoje já temos uma equipe que se reúne na semana anterior, quando são distribuídas as tarefas”, conta Lenz.Com a organização fica mais fácil, acrescenta o assador que neste domingo poderá começar o preparo às 5h. “Também temos instalações cobertas, sendo que nas primeiras edições fazíamos em ambiente aberto e muitas vezes a chuva prejudicava” acrescenta.

Durante o evento, dois ou três cavalos ou charrete ficam à disposição dos visitantes, especialmente das crianças, que são acompanhadas de um peão que as monitora. Também são feitas diversas apresentações artísticas como danças, chula, poesia, grupo vocal e individuais. Atividades que apresenta ao público um pouco da arte gaúcha realizadas no CTG.

Paciência é fundamentalzz

“Este modelo requer muita paciência na hora de assar, necessitando controlar muito o fogo. Na verdade a carne não assa, ela cozinha somente com o calor de aproximadamente 120° graus, e no final se arrocha um pouco mais para dourar. Entre seis e oito horas é o tempo que leva para assar o costelão dependendo do ambiente, vento, temperatura ambiente”, conta Lenz. 

 Curiosidades

“Numa peça de carne se tem vários cortes juntos. Temos a ponta de peito, costela minga, matambre da costela, bananinha, filé da costela e a costela janela na íntegra. Em média 18 quilos cada peça. O tempero é apenas sal grosso e antes se molha a peça com cerveja para aderir melhor o sal. A lenha geralmente utilizada é eucalipto ou acácia.

Tchê! Tu sabias?O modelo de assado realizado em Venâncio Aires ocorre na cidade de Cascavel, anualmente, no dia 1º de maio. Considerado o maior costelão em âmbito mundial, quando mais de 600 costelões, com aproximadamente 20 toneladas de carne são consumidos. (informações: Tarciso Lenz)