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Chimarrão sem fronteiras! O chimarrão me acompanha em todas andanças e mudanças (e já foram algumas!!!). E claro, tenho o maior orgulho de tomar chimarrão aqui do outro lado do oceano, disseminando assim a cultura gaúcha. E sei que não sou a única. Este aspecto cultural é provavelmente o mais interessante pois pouca gente na Europa tem conhecimento da bebida símbolo do Rio Grande do Sul. Quando se está longe da terra gaúcha e rodeado por pessoas que não cultivam o hábito de tomar chimarrão perdemos um pouco da integração inerente ao mate. E sem querer a cuia e a bomba acabam por se transformar num centro de atenções.
Na Bielorrússia, onde ninguém sorri ou levanta o olho fora do caminho, o chimarrão conseguiu atrair olhares curiosos. Confesso que a primeira vez que fui caminhar levando o chimarrão em Minsk tive receio devido a forte ideologia conformista do regime autoritário imposto no país. Depois de algumas semanas de ensaio, no entanto, o chimarrão já fazia parte da paisagem de outono na capital bielorrússia e desde então está sempre presente, até mesmo na neve. Alguns bielorrussos inclusive já provaram e aprovaram! Para minha amiga Marina Klimkovich foi amor à primeira vista. Ela gostou tanto que quando se mudou para Dubai ganhou uma cuia e erva da capital nacional do chimarrão e continua preparando diariamente o chimarrão por lá.
Recentemente quando fomos visitar a cidade de Grodno no oeste da Bielorrússia encontramos mais um adepto. Durante nossa estadia no hotel um dos funcionários se interessou pelo chimarrão. Prontamente lhe ofereci o mate amargo e na manhã seguinte lá estava eu ensinando o jovem Nikita Rogachev a preparar o chimarrão. Foi uma manhã de aprendizado , de troca de costumes, pois ele, em contrapartida, nos serviu chá típico da Bielorrússia. Uma infusão revigorante com menta, gengibre, limão e casca de bétula.