No último fim de semana voltei a visitar o museu nacional da arquitetura camponesa bielorrussa, situado num bosque a 10km do centro de Minsk. Trata-se de uma coleção de 35 construções típicas da Bielorrússia dos séculos passados decoradas tal e qual como antigamente. O museu é divido em quatro regiões do país com exemplares arquitetônicos distintos. Uma espécie de vilarejo modelo com réplicas de casas rurais, estaleiros, escola e igrejas, reproduzindo o estilo de vida dos bielorrussos durante os séculos XVIII e XIX.
A arquitetura simples de madeira com janelas simétricas me fez lembrar algumas propriedades rurais no interior da minha cidade natal, Venâncio Aires, no interior do Rio Grande do Sul. Aliás, quase todas as instalações recordam a vida dos agricultores na colônia. é interessante imaginar que do outro lado do oceano, na Europa central, os bielorrussos compartilhavam as mesmas ferramentas rudimentares e estilo de vida dos imigrantes do interior do Rio Grande do Sul.
A Bielorrússia paisana é representada nos aposentos modestos das casinhas de chão batido e telhado de palha, assim como na simplicidade da mobília esculpida de madeira. O ambiente principal abrange sempre a cozinha e sala de estar com forno à lenha e utensílios rústicos. Em todas as casas num dos cantos da sala é reservado para oração e devoção, com um pequeno altardecorado por imagens religiosas e tapeçaria artesanal vermelha.
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A agricultura de subsistência é representada em pequenas hortas onde são cultivados verduras e legumes, principalmente beterraba , batata, cebola e repolho, muito usados na culinária russa. Um passeio interessante e que trouxeboas lembranças dos tempos de infância, brincando com os primos, na casa dos meus avós em Linha Sapé, interior de Venâncio Aires.