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Descobrindo o território polonês. No último fim de semana retornamos à Polônia para conhecer a cidade de Bialystok. Localizada no nordeste do país, próxima da fronteira com a Bielorrússia, esta gema polonesa tem história marcante. Bialystok foi berço denomes ilustres no campo político (o atual presidente polonês é daqui), esportivo, religioso e científico. Albert Bruce Sabin é talvez o mais conhecido na área da medicina, nasceu em Bialystock in 1906 e mais tarde emigrou para os Estados Unidos ondedesenvolveu a vacina Sabin contra a poliomieliteusando vírus vivo, a famosa”gotinha” que todos nósjá tomamos!
Com cerca de 300 mil habitantes a cidade é plena de charme, com arquitetura antiga e vários parques que circundam a área central. O majestoso palácio de Branicki no centro da cidade é sem dúvidas a grande atração turística da cidade e motivo de orgulho para a população local. Construído originalmente em 1726 (destruído e reconstruído depois da Segunda Guerra Mundial) era considerado o Palácio de Versalhes da região com decoração opulenta, emoldurado por jardins formais geométricos. Antigamente servia como residência da nobreza polonesa mas hoje em dia é a sede da Universidade de Medicina de Bialystok.
Para compreender um pouco mais a história da região é preciso voltar no tempo, mais precisamente ao ano de 1437 quando foram registrados os primeiros assentamentos na aldeia. é preciso imaginar um território que passou de mão em mão durante regimes autoritários, dominado por invasões e combates ensanguentados. é necessário refletir sobre o sofrimento da população, em sua maioria judaica, durante a Segunda Guerra Mundial. E para isso existe um percurso muito interessante que passa pelos institutos, monumentos, sinagogas e cemitérios judeus. A exemplo de outras cidades polonesas Bialystok contava com uma comunidade judaica muito ativa e vibrante mas que foi aniquilada em guetos ou campos de extermínio nazistas. Muitos dos prédios históricos no centro antigo foram também destruídos restando hoje em dia apenas fachadas reconstruídas depois da guerra ainda que sigam o estilo arquitetônico dos séculos passados.
Num dos bairros da cidade foram preservadas as casinhas antigas de madeira que formavam a arquitetura dos vilarejos do interior em quase todos países comunistas. São pequenas construções de madeira coloridas, com janelinhas brancas eque lembram um pouco o interior de Venâncio Aires, minha cidade natal no Rio Grande do Sul.
De certa forma nosso passeio pelas ruas e praças de Bialystok foi mais rápido que tínhamos planejado. O frio glacial do fim de semana nos impediu de caminhar livremente explorando cada cantinho da cidade. Todavia, ficamos contentes com o que visitamos, provavelmente os pontos mais interessantes e além do mais aproveitamos o tempo para curtir a gastronomia polonesa no aconchego dos vários cafés e restaurantes na praça central. Ficou aquele gostinho de quero mais e a vontade de retornar, quem sabe no verão.