Londres surpreendente! Desde quinta-feira à noite o centro londrino se transformou num parque de luzes gigantesco. O mês de janeiro por aqui é o mais triste do ano e nada melhor do que um pouco de luz no coração pulsante de Londres para alegrar turistas e a população local. Pela primeira vez o festival Lumière, produzido pela companhia de artes Artichoke, montou instalações de arte e luz em trinta locais na capital britânica. A segurança das instalações e distribuição de planfetos com mapas e informações do festival está sendo realizada com o auxílio de centenas de voluntários que trabalharam durante as Olimpíadas de Londres.
Durante quatro noites, desde dia 14 até domingo17 de janeiro das 18h30min às 22h30min, praças, prédios históricos e avenidas de Londres mudaram de tom, emanando vibrações positivas com este espetáculo colorido. Na quinta-feira fui conferir a inauguração do festival com minha irmã Sandra Silberschlag que está visitando a gente aqui na Inglaterra com a família. Londres estava em polvorosa, tomada pela multidão que se fez presente para acompanhar o show eletrizante.
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Algumas das instalações podem ser apreciadas tanto pelo visual quanto pela trilha sonora que vai ecoando pelos quarteirões,criando um clima de euforia no público presente. Seguindo em passo rápido, fomos enfrentando o frio gelado pelas avenidas londrinas inebriadas pelo entusiasmo contagiante. Durante mais de seis horas algumas das principais artérias de Londres foram fechadas ao trânsito transformando o bairro central em zona de pedestre.
Em cada canto de Londres feixes de luzes resplandeciam no céu estrelado de quinta-feira. Na estação de trem e metrô King’s Cross a platéia assistiu ao circo de luzes projetado em uma das fachadas da histórica construção. A famosa e magnífica abadia de Westminster, que foi palco do casamento da duquesa Catherine e príncipe William em 2011, está ainda mais majestosa, iluminada por raios coloridos que vão trocando de cor momentaneamente. Como num passe de mágica as estátuas normalmente cinzentas que adornam a porta de entrada da abadia foram tingidas por cores profundas e vibrantes na fantástica instalação do artista francês Patrice Warrener intitulada “A Luz do Espírito”.
Mais adiante na praça de Leicester no quarteirão conhecido pelos seus grandes cinemas e teatros, o “Jardim das Luzes” criado pelo artista Tilt, encanta pelos tons florescentes e plantas exóticas. O jardim iluminado refletia o estado de ânimo alegre e descontraído da multidão que não se cansava de fazer fotos e vídeos.
Seguindo a pé vamos em direção à Piccadilly Circus onde “Les Lumineoles” suspensos no ar iluminam as fachadas de arquitetura georgiana e onde também eram projetadas imagens de artistas britânicos famosos.
Na Regent’s street milhares de pessoas assistiam ao show do personagem magrelo “stick man” correndo, subindo e descendo de um lado para o outro neste espetáculo projetado em uma das fachadas comerciais da avenida. No coração do bairro chique de Mayfair uma cabine telefônica foi transformada em aquário colorido. Já na praça de Saint James, feixes de luzes revelavam no céu estátuas humanas se movimentando de um lado para o outro na instalação “Os Viajantes”.
Em qualquer ponto do centro da capital britânica,em 30 locais diferentes, do bairro Canary Wharf até até Oxford Circus, quem estiver visitando Londres neste fim de semana, poderá curtir o festival Lumiére que além de intenso e fulgoroso é totalmente gratuito. Uma injeção de energia positiva para espantar a melancolia de janeiro!
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