é hoje o grande dia, pelo sim ou pelo não! Que ficará marcado na história política britânica. A união soberana da Grã-Bretanha vive um momento de grande especulação e incerteza. A história de mais de 300 anos do império britânico poderá ser interrompida, com a possível separação da Escócia. Hoje, dia 18 de setembro, milhões de escoceses vão às urnas para decidir o futuro do país. Eles responderão à pergunta: “A Escócia deve ser um país independente? Sim ou Não”. á primeira vista fica difícil de entendera razão de tal referendo, afinal de contas o Reino Unido é uma potência mundial. Por que lutar pela independência quandoa união daInglaterra, País de Gales,Irlanda do Norte e Escóciaapresenta grande força política e econômica no contexto europeu?Milhões de escoceses parecem acreditar na independência como o caminho da realização, da vitória. Eles querem de volta o poder absoluto de outrora. O anseio de voltar a ser um estado independente foi aguçado na última década com a ascensão ao poder legislativo de Alex Salmond, líder do Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês). Na verdade, a Escócia já tem uma autonomia considerável, com o seu próprio Parlamento e sistemas jurídicos e educacionais distintos. Mesmo fazendo parte da Grã-Bretanha desde 1707, quando o país aderiu à união pois estava à beira da falência tentando colonizar a América Central, os escoceses nunca perderam sua identidade. Eles são escoceses antes de serem britânicos. Eles prezam pelo passado, mantendo vivas tradições milenares dos povos celtas. Patriotas fervorosos, eles são fieis às origens. E talvez por isso a Escócia vive este momento histórico com grande entusiasmo. Jamais o país viu tantos eleitores inscritos e aptos a votar (mais de quatro milhões).
O voto aqui não é obrigatório mas espera-se que no referendo de hoje mais de 80% dos eleitores se apresentarão nas urnas, para muitos será a primeira vez que votarão. Até duas semanas atrás, quando foi publicada uma pesquisa mostrando a campanha do sim à frente, ninguém acreditava na separação. Políticos acreditavam na vitória fácil do Reino Unido (voto pelo não). Nesta semana, no entanto, a campanha se intensificou nos dois lados.
O parlamento britânico inteiro se deslocou à Escócia, tentando convencer os escoceses a votar pelo “não”. Muitos eleitores acordaram cedo e foram votar logo no início do dia, às 7 da manhã quando iniciou a votação. As urnas ficarão abertas até as 10h da noite e depois inicia a contagem de votos. O resultado final deve ser anunciado amanhã de manhã. No caso de vitória do “sim” a independência da Escócia será somente declarada em março de 2016. Escócia, um estado independente? Amanhã, teremos a resposta!
