A capital britânica é fascinante e majestosa, destacando o novo e o velho com grande maestria, através de atrações históricas e contemporâneas. Esta harmonia singular entre arquitetura moderna e antiga mantem a identidade da cidade ao mesmo tempo que abraça o futuro com projetos arquitetônicos arrojados disputando cada metro quadrado de Londres. Um dos ícones mais modernos da capital, o Shard, está localizado na região sul do rio Tâmisa.
Shard é o maior arranha-céu da Europa, construído numa pequena área substituindo dois blocos comerciais, adelgaçado no meio da estação ferroviária London Bridge. Enquanto a base é apertada e restrita, lá do alto dos 310 metros e 70 andares, o céu é o limite desta gigantesca construção pontiaguda despontando no horizonte londrino. O nome Shard deriva da expressão inglesa “shard of glass” (caco de vidro em português) usada no início da construção pelo arquiteto italiano Renzo Piano, responsável pelo projeto. Renzo foi também um dos idealizadores do Centro Pompidou em Paris. Desde sua inauguração em 2012, a torre com fachada envidraçada se tornou ponto de referência no panorama londrino e também na área de hotelaria e gastronomia. Considerado uma pequena cidade vertical o edifício tem uma população diária de mais de cinco mil pessoas, com blocos de apartamentos, escritórios, restaurantes, bares e um hotel luxuoso, todos com vista magnífica de Londres.
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No topo da torre, um grande observatório oferece ao público vista panorâmica de 360 graus da capital. Um panorama espetacular, de tirar o fôlego com o anoitecer mais lindo de Londres. E melhor ainda se acompanhado de pratos sofisticados misturando a gastronomia europeia e asiática ou um chá da tarde todo requintado, cheio de docinhos e bolinhos de manteiga no salão de chá do hotel Shangri-la no 52º andar.
Para aqueles que estiverem dispostos a desembolsar suas libras (muitas libras!), nada menos que seis restaurantes entre os pisos 32º e 52º oferecem pratos finos além de coqueteis variados para completar o espetáculo. Mas àqueles que quiserem curtir um momento especial nas alturas desembolsando pouco menos, a melhor opção é subir até o 68º andar no observatório e galeria semiaberta. Em apenas 30 segundos dois elevadores “caleidoscópicos” de alta velocidade fazem a ascensão ao topo pontiagudo do Shard, criando na chegada a incrível sensação de estar pisando nas nuvens! Nuvens londrinas, iluminadas pelo sol radiante desta terça-feira de fevereiro gelada! Este passeio maravilhoso foi a primeira vez que meus filhos foram visitar o mirante do Shard.
Maravilhados com a imensidão do panorama com raio de 64km, quase conseguimos identificar a região onde moramos num pontinho verde lá no extremo noroeste da capital. Passamos mais de uma hora nas alturas do Shard, contemplando cada cantinho de Londres. Seja qual for o ângulo, a impressão é de estar tocando o céu com a capital borbulhando lá embaixo. A imagem é sensacional e inesquecível com o rio Tâmisa serpejante, recortando a paisagem! Da região Canary Wharf ao Big Ben passando pela belíssima Tower Bridge, fachadas envidraçadas do centro financeiro londrino e catedral de São Paulo, os ícones da capital estão ali – lado a lado em miniatura -, como num grande quebra-cabeças e cada peça brilhando na palma da mão.
Dica – Na saída, não deixe de entrar em um dos toaletes no andar abaixo do observatório.
Horário de abertura – O observatório está aberto ao público diariamente a partir das 10h até as 19h (quinta à sábado aberto até as 22h), mas às vezes fecha para eventos especiais. Por isso recomendo a reserva de ingresso antecipado (adulto £25, em torno de R$130), com horário marcado, direto no site http://www.theviewfromtheshard.com.
Como chegar – estação do metrô London Bridge (linha preta Northern Line e linha cinza Jubillee Line)
