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Foto: S S Beglin / arquivo pessoalPalácio foi originalmente construído no século XVII mas destruído durante dois incêndios e reconstruído em meados de 1800
Palácio foi originalmente construído no século XVII mas destruído durante dois incêndios e reconstruído em meados de 1800

Nesta semana seguimos os passos de duques, condes e realeza britânica dando um mergulho na vida glamorosa de outros tempos, ao visitar o deslumbrante parque de Cliveden. Imagine um palácio imponente, com quase 350 anos de história, de arquitetura clássica e linhas simétricas impecáveis estampando o passado glorioso recheado de detalhes dourados, artefatos antigos e ornamentos decorados. A mansão de Cliveden, à beira do rio Tâmisa, no vilarejo de Taplow , à 30km de Londres, é assim, requintada, luxuosa e com uma história intrigante! O palácio foi originalmente construído em 1666 pelo Duque de Buckingham, para sua amante, Anna, Condessa de Shrewsbury mas depois de ser destruído por dois incêndios a mansão atual foi reconstruída em 1851 continuando a ser usada como retiro campestre da aristocracia britânica e para hospedar a realeza em banquetes sofisticados. A nobreza se reunia aqui para aproveitar a tranquilidade do campo com longas caminhadas,passeios de barco, caçadas e cavalgadas, principalmente no final de semana.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalSalão de jantar
Salão de jantar
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalA mansão tem muitos retratos da família Astor
Decoração muito rica e cheia de detalhes

Os salões da mansão, decorados com grande esplendor, repletos de mobília antiga, espelhos trabalhados e tapeçaria importada, eram usados para bailes e recepções chiquérrimas. A partir do século XX, o palácio passou às mãos da elite burguesa americana, ao ser arrematado pela iminente família Astor. Estrelas do cinema e da política, como Charles Chaplin, Bernard Shaw, Franklin Roosevelt e Winston Churchill passaram a circular pelos suntuosos aposentos da mansão. Desde este início romântico de uma nova era, o palácio rural tornou-se um local famoso para elegantes encontros de figuras notáveis do mundo político e das artes. Hoje em dia a mansão cercada por jardins maravilhosos é administrada pela Fundação não governamental de Conservação do Patrimônio Histórico (National Trust). O palácio se transformou num dos mais requintados hoteis da Inglaterra, com restaurante próprio e oferecendo cardápio de pratos finos para almoço e jantar além do tradicional chá da tarde inglês. Os luxuosos aposentos da mansão ostentam hoje em dia uma clientela distinta e abastada que não se importa em desembolsar mais de £400 (R$2.300,00) para se hospedar por uma noite numa das 38 suites. A estadia inclui café da manhã com vista para os magníficos jardins, acesso à piscina aquecida e spa além de quadras de tênis. No entanto, para aqueles que querem conhecer o interior da mansão sem se hospedar no hotel, a Fundação organiza visitas guiadas de abril a outono, duas vezes por semanas, às quintas e domingos.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalvista do Palácio (National Trust está renovando a escadaria e terraço)
vista do Palácio (National Trust está renovando a escadaria e terraço)

Jardins divinos

Ao entrar no parque de Cliveden não se tem ideia da imensidão colorida que se esconde atrás dos bosques maçicos contornando a estradinha de entrada. Nesta tarde de outono ensolarada as folhas cintilantes alaranjadas vão dando boas vindas à nova estação, criando uma paisagem sublime. Se o palácio rural de Cliveden denota opulência e sofisticação os jardins completam o cenário de forma deslumbrante. Na verdade o parque verdejante em torno da mansão se alastra à beira do rio Tâmisa recortando o terreno em vários jardins,distintos e magníficos.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoaljardim das águas
jardim das águas
Foto: S S Beglin / arquivo pessoaltemplo oriental, o foco central do jardim
templo oriental, o foco central do jardim
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalConvivência harmoniosa ...
Convivência harmoniosa …

No jardim das águas, um pequeno lago entrelaça folhagens, arbustos, chafarizes e canteiros de pétalas coloridas adornando o templo oriental instalado no século XVIII. Pouco mais adiante, ciprestes gigantes criam um labirinto verde, onde crianças e adultos se divertem, correndo de um lado para o outro até encontrar a saída para os gramados cobertos de folhas secas, local preferido das famílias para fazer piqueniques.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalarea de piquenique
area de piquenique
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalFiquei encantada com as  garças posando no jardim das águas...
Fiquei encantada com as garças posando no jardim das águas…
Foto: S S Beglin / arquivo pessoal... e fiz várias fotos!!!
… e fiz várias fotos!!!
Foto: S S Beglin / arquivo pessoal... mais uma!
… mais uma!

Passando pela trilha repleta de folhagens vou me distanciando do barulho das águas para chegar ao jardim longo, caracterizado por linhas simétricas, pequenas obras de topiaria, estátuas de marmore e renques de flores bicolores . O paisagismo aqui remete aos jardins italianos, usando o espaço longo e estreito como corredor de passagem ao próximo jardim, o recanto das rosas.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalJardim longo, clássico, remete ao paisagismo romano
Jardim longo, clássico, remete ao paisagismo romano
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalverdadeiras obras de arte estas estátuas de topiaria
verdadeiras obras de arte estas estátuas de topiaria
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalAs estátuas conversando entre si ...
As estátuas conversando entre si …

Aqui estão plantadas centenas de roseiras, separadas por cores distintas, branco, amarelo, vermelho e tantos tons de rosa. Antes mesmo de abrir o portão somos atraídos pelo perfume adocicado das pétulas suaves.Os ingleses adoram jardins de rosas. Seguindo nossa caminhada passamos pela magnífica estátua do amor, um monumento triunfante dando entrada ao palácio rural.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalParterre lembra os jardins franceses
Parterre lembra os jardins franceses

O espetáculo maior, porém, fica por conta do jardim Parterre, na parte posterior do palácio. é o maior e mais formal de todos os jardins lembrando os canteiros simples e simétricos dos castelos franceses. A cada estação o colorido que preenche as cercas de ciprestes vai mudando. Por exemplo na primavera os canteiros são preenchidos por tulipas, no verão são petúnias e agora no outono plantas perenes. O contorno dos canteiros de ciprestre é aparado milimetricamente criando um panorama espetacular do alto da escadaria do palácio.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalTorre do relógio da cinderella
Torre do relógio da cinderella
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalChafariz do amor!!!!
Chafariz do amor!!!!
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalrepare no detalhe da jarra respingando amor ...
repare no detalhe da jarra respingando amor …
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalJardim em frente a torre do relógio... muito lindo!
Jardim em frente a torre do relógio… muito lindo!