Depois das férias maravilhosas na capital do chimarrão no sul do Brasil. estamos de volta à terra da rainha Elizabeth. Aproveitamos o fim de semana de tempo bom por aqui para curtir a capital britânica e revisitar alguns dos nossos lugares preferidos. Para muitos a ideia de viajar de férias com criança para Londres e visitar museus está fora de cogitação pois, entre tantas razões, é tudo muito chato e desgastante. Para nós, no entanto, voltar um pouco no passado histórico e aprender sobre como era a vida dos londrinos nos séculos passadosé além de renovador, altamente estimulante.
Não importa quantas vezes já percorremos a capital britânica. A cada visita um novo capítulo se de desvenda. O coração pulsante de Londres tem lugar para todos, seja idoso, jovem, adulto ou criança. E a maioria dos museus é muito bem estruturada com atrações especiais que aguçam a curiosidade dos mais pequenos. Pois foi assim com o espírito inovador que retornamos ao museu do transporte de Londres, localizado num cantinho da agitada praça de Covent Garden, bem no centro de Londres. O museu não é muito grande mas conta a evolução do transporte londrino cuidando de cada detalhe, ao vivo e a cores.
Em cada andar um relato diferente mas sempre permeado de diversão. Pode-se entrar nos vagões de trens antigos, sentar no primeiro ônibus londrino, dar o último toque na sineta do trem a vapor, conduzir um trem moderno de metrô através de simuladores, virar cobrador no icônico ônibus de dois andares dos anos 50 e até mesmo dirigir um dos ônibus mais modernos da frota londrina. A diversão para a criançada inicia já na entrada. Cada visitante com menos de 16 anos recebe um cartão com vários fatos históricos que ilustrama evolução do transporte público em Londres e que serve de mapa do museu. O cartão segue uma ordem cronológica através de pequenas estações espalhadas em cada canto do museu e onde a criança perfura e carimba a cada seção visitada. é tipo uma caça ao tesouro revelando curiosidades das locomotivas e outros meios de transporte. A criançada adora e participa ativamente.
Para chegar no andar superior onde começa o roteiro de visita somos levados por um elevador bem bacana, que ao invés de mostrar os andares no painel digital em cima da porta faz uma volta no tempo marcando a história cronológica até chegar no ano de 1800 quando as portas se abrem. E ali estamos nós em frente a um grande quadro esboçando a paisagem cinzenta do rio Tâmisa no final dos anos de 1700 com inúmeras embarcações fluviais que formavam o principal meio de transporte na capital. Nas ruas, os nobres eram carregados nas cadeirinhas de madeira mas a partir de 1800 o transporte braçal foi perdendo popularidade e entraram em cena os majestosos cavalos. Assim surge o primeiro ônibus londrino, de rodas de carroça gigantes, cabine confortável e movido a cavalo. Com o crescimento populacional em seguida aparecem os primeiros bondinhos e trens, em 1836, e que podem ser vistos no primeiro piso do museu. A construção da primeira linha de metrô do mundo é retratada em maquetes fantásticas contando cada detalhe e dificuldade na escavação.
Mais adiante nos deparamos com o vagão do primeiro trem subterrâneo do mundo, o grande protagonista desta história fascinante. Nada menos que o pioneiro neste meio de transporte que hoje em dia domina as grandes capitais de todo mundo. Original, com cabines separadas para o sexo masculino e feminino, é um marco do transporte londrino, que inicialmente ligava a capital à cidade de Ricksmanworth através da linha metropolitana. O andar térreo do museu é dedicado ao sistema moderno de metrô e os ônibus vermelhos de dois andares que são referência na capital londrina. Da era vitoriana de tração a cavalo à modernidade dos trens velozes. E assim vamos aprendendo neste passeio divertido que poderia até ser considerado uma aula de história! Bom demais. Entrada gratuita para menores de 16 anos. O ingresso para adultos custa £16 (R$67) com entrada múltipla, válido por um ano.
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