Engana-se quem acredita que Londres é sempre cinzenta e coberta por nevoeiro. Aquela imagem clássica da capital sombria do início do século XVIII descrita em inúmeras obras literárias de Charles Dickens não condiz com o brilho cintilante atual da capital britânica. É verdade que o clima aqui não se compara ao calor dos trópicos no entanto o bom tempo prevalece durante esta época do ano com temperatura agradável e solzinho manso. Neste início de junho de volta à Inglaterra, aproveitamos os dias mais longos e iluminados caminhado pelo centro de Londres. Nosso passeio foi pelas ruas do West End, distrito formado por vários bairros nobres da capital como Mayfair, Soho e Covent Garden. Nesta área recheada pela arquitetura clássica encontram os teatros e cinemas mas famosos da Inglaterra. Aqui situa-se também um bairro chinês, conhecido como Chinatown Londres e uma das atrações imperdíveis da capital.
A história do bairro chinês remonta ao final dos anos de 1800 quando situava-se do outro lado da capital, no leste londrino . Nesta época com a chegada frequente de marinheiros na zona portuária, comerciantes chineses se instalaram na área de Limehouse além de lojas, mercados e cafés chineses. Durante a segunda guerra mundial a zona foi destruída e partir da década de 50 a comunidade chinesa iniciou sua história na atual Chinatown, no coração da capital, e hoje em dia é um dos pontos turísticos mais visitados de Londres. Durante a década de 1980 o bairro se transformou num pedacinho do território chinês com decoração típica, portões no estilo chinês, estátuas de dragões, ruas com placas em mandarim e antigas cabines telefônicas adornadas como minipagodas. Enquanto em outros bairros chineses mundo afora destacam-se templos orientais no Chinatown em Londres ainda não tem.
Ao caminhar pelos quarteirões do bairro chinês saboreamos um pedacinho da cultura oriental. Arco paifang, lanternas vermelhas, portões decorados com dragões e ideogramas, restaurantes e mercados típicos caracterizam as ruas adjacentes ao bairro Soho, Leicester Square e Covent Garden. O aroma das especiarias asiáticas pelas ruas é um convite aberto aos visitantes a saborear os pratos típicos da região. Mais adiante num mercadinho onde a língua inglesa desaparece no meio de ideogramas encontramos prateleiras repletas de produtos chineses e japoneses. Entre centenas de restaurantes e bares destacando a culinária oriental encontram-se lojas de souvenirs, farmácias com medicamentos chineses, clínicas de reflexologia, padarias recheadas de doçuras asiáticas e tanto mais. Em meados de janeiro e fevereiro durante a comemoração do ano novo chinês o bairro se transforma num festival colorido com muita música e desfiles típicos atraindo milhares de visitantes.