Nas últimas semanas, tive o privilégio de conhecer a fundo a história do Colégio Gaspar Silveira Martins para produção do caderno especial alusivo às sete décadas da instituição, que circula na edição de hoje. Chama atenção o quanto, ao longo dos 70 anos, a escola se manteve alinhada a seu objetivo inicial: promover a formação humana e cultural, além da capacitação técnica.
Na década de 1950, famílias luteranas fundaram a Sociedade Escolar Gaspar Silveira Martins, com o propósito de ter uma escola de nível secundário em Venâncio Aires, também, para o público masculino. Na época, o Colégio Nossa Senhora Aparecida oferecia o curso de Magistério, mas apenas para mulheres. A intenção foi, desde o início, oferecer uma escola alinhada com os princípios luteranos, nos quais a valorização da cultura se destaca.
Ao longo das décadas, a arte pulsou dentro Gaspar e contribuiu de forma muito significativa para a formação cultural dos venâncio-airenses. Entre os exemplos de maior evidência cito o teatro, coordenado pela professora Rafaela Wenzel, que atua há 26 anos na instituição; e o Conjunto Instrumental, criado por Ivo Seidel e hoje regido por Sthephane Wagner. Alguns ‘filhos da casa’ seguiram carreira e retornaram à escola como docentes – como o caso de Rafaela e de Adrio Schwingel, que regeu a banda entre 1998 e 2013.
Além disso, muitos egressos do colégio seguiram em outros grupos, como a Orquestra de Venâncio Aires, dando sua contribuição para a cultura da Capital do Chimarrão. Também não tem se pode deixar de falar sobre as inúmeras vezes que o auditório do Gaspar abriu as portas para espetáculos culturais. No sentido mais genuíno, a escola cumpre seu papel de educadora para além da sala de aula.
Rui Schwinn se despede do trabalho no Comitê das Nascentes
O servidor público Rui Schwinn está se despedindo da Prefeitura de Venâncio Aires, depois de quatro décadas. Ele, que atuou por grande parte da sua trajetória na Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos e na de Desenvolvimento Rural, esteve na pasta do Meio Ambiente, nos últimos anos, à frente do trabalho de recuperação das nascentes de arroios de Venâncio Aires.
Grande conhecedor da área rural, Rui contribuiu de forma significativa para alavancar este trabalho. Desde 2018, quando foi criado o Comitê das Nascentes, até o ano passado, foram 37 vertentes abrangidas.
Com a saída dele, para a merecida aposentadoria, o desafio é manter o projeto em andamento e com a qualidade que vem acontecendo. O trabalho ocorre com uma parceria importante da Emater e de outras entidades e empresas. A perspectiva é de que a técnica em Meio Ambiente e engenheira química, Carin Gomes, assuma a coordenação do trabalho.
Fiscal ambiental da Prefeitura, ela também tem se destacado à frente de projetos importantes da Secretaria do Meio Ambiente, nos últimos anos, como o programa Lixão Zero, por meio do qual foram adquiridos novos contêineres e caminhões de lixo, biodigestores para as escolas e composteiras distribuídas à população. São dois profissionais técnicos que fazem a diferença por onde passam.
Na foto, Carin, Rui Schwinn e Vicente Fin, da Emater, durante a apresentação sobre o projeto de recuperação das nascentes para orientadores agrícolas da China Brasil Tabacos (CBT), nesta semana. Na oportunidade, ela destacou o quanto gosta do trabalho junto aos produtores rurais e lembrou da importância de desmistificar a ideia de Secretaria de Meio Ambiente apenas como um órgão fiscalizador e punitivo. “É importante que os produtores compreendam a importância ambiental para a propriedade e a vida deles. Só vamos mudar esse pensamento com base em informação”, defendeu.
