Quando alguém se envolve com um acidente, como podemos confirmar se está alcoolizado? Há três formas de se fazer esta avaliação.
O valor do resultado do Etilímetro (Bafômetro) depende da sua correta calibração e do tempo passado entre a ingestão do álcool e sua aferição. O equipamento dosa o álcool eliminado pelos pulmões.
O laboratório pode verificar os níveis sanguíneos de álcool. Há algumas dificuldades para serem vencidas. O Infrator pode não aceitar a coleta do material para esta análise. Além disto, o IML não aceita material coletado por não Legista. O exame somente será realizado com o recolhimento dos dados pessoais do infrator em questão (apresentação de documentação original), além da declaração de autorização preenchida e assinada pelo mesmo, na qual são anotados o horário e a data da coleta.
A determinação do Estado Clínico de embriagues do infrator tem um significativo valor prático. Esta pode ser feita pela avaliação da sua atitude, pela avaliação neurológica superficial (desalinhado, provas de equilíbrio) ou por uma avaliação neurológica mais profunda (reflexos, lucidez, etc). O exame pode conferir se o indivíduo está ou não alcoolizado, apesar de não conseguir diferenciar o tomador eventual ou novo de um tomador crônico, cujo comportamento será menos sintomático. Assim, por exemplo, 1 a 2 g/L já podem ser detectados laboratorialmente, porém não costumam dar sintomas.
Valores como 3 a 6 g/L deixam o tomador eventual sintomático apesar de não causarem sintomas no tomador habitual. Já níveis sanguíneos de 6 a 8 g/L levam a mudanças comportamentais severas em qualquer situação. Além disto, a mistura de álcool com drogas poderá apresentar um comportamento diferente ou semelhante ao do tomador novo.
A bebida alcoólica existe há muitos séculos. Historicamente seu consumo exagerado sempre teve muito a ver com a degradação da saúde ou da moral, seja do indivíduo ou até de toda uma sociedade. No nosso meio estamos andando perigosamente em uma direção em que um “bom(a) tomador(a)” parece ser muito valorizado especialmente entre a nossa frágil juventude. A expressão “quem bebe não dirige e quem dirige não bebe” é bastante antiga, porém se tornou extremamente atual com a nova Lei que pretende fiscalizar o consumo de bebidas alcoólicas no trânsito.
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