Foto: Maicon Nieland / Folha do MateParedes receberam pintura em grafite
Paredes receberam pintura em grafite

A imagem antecipa um pouquinho do que os frequentadores da Biblioteca de Venâncio Aires poderão conferir a partir desta terça-feira, quando o espaço reabre após um mês. Sarau Cultural, a partir das 19h, marca a reinauguração após reformas. A data também marca o registro oficial do nome da biblioteca, que após 42 anos é batizada e passa a se chamar Caá Yarí. Um nome que passa a aguçar a curiosidade de quem ainda não conhece a lenda da erva-mate.

A história conta que um guerreiro guarani, que pela velhice não podia sair mais para as guerras, vivia triste em sua cabana. Era cuidado por sua filha, uma bela índia chamada Yari, conservando-se solteira, para melhor se dedicar ao pai.Um dia, o velho guerreiro e sua filha receberam a visita de um viajante, que foi bem tratado por eles. A jovem cantou para que o visitante adormecesse e tivesse um sono tranqüilo, entoando um canto suave e triste. Ao amanhecer, o viajante confessando ser enviado de Tupã, quis retribuir-lhes a hospitalidade dizendo que atenderia a qualquer desejo, mesmo o mais remoto. O velho guerreiro, sabendo que sua jovem filha não se casara para não abandoná-lo, pediu que lhe fosse devolvidas as forças, para que Yari se tornasse livre. O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvore de Caá, ensinando-lhe a preparar uma infusão que lhe devolveria todo o vigor. Transformou ainda Yari, em deusa dos ervais e protetora da raça Guarani, sendo chamada de Caá-Yari, a deusa da erva-mate.