RSC-287 como modelo para o novo pacote de concessões

Na quinta-feira, 10, entrevistei o secretário extraordinário de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto, que comentou a importância da RSC-287 como modelo para o novo pacote de concessões do Governo do Estado, lançado nesta semana. Serão mais de 1,1 mil quilômetros de estradas que passarão para a iniciativa privada, envolvendo um contrato de três décadas. Nos próximos dias inicia a consulta pública com a população gaúcha, o que inclui o recebimento de sugestões das comunidades abrangidas pelas rodovias que integram os lotes de concessão, entre elas, a RSC-453, que ‘nasce’ em Venâncio Aires.


290 km
de estradas gaúchas devem ser duplicadas pelas empresas vencedoras das concessões, em cinco anos, conforme projeção do Estado. Em 30 anos, serão 687 km de estradas duplicadas no RS.


Falando nisso…
O contrato de concessão da 287, entre o Governo do Estado e a empresa Rota de Santa Maria (do grupo espanhol Sacyr), deve ser assinado nos próximos dias. A empresa, no entanto, deve assumir efetivamente os trabalhos no fim de julho, em data a ser definida.

Grupo espanhol pode ter interesse de assumir a RSC-453 também?

O grupo espanhol Sacyr, que venceu o leilão de concessão da RSC-287, já está na região, onde atuará com o nome Rota de Santa Maria, com uma sede administrativa em Santa Cruz do Sul. A empresa inclusive já abriu processo seletivo para vagas de emprego, tendo como requisito para muitos cargos ser morador de Venâncio Aires, onde está localizada uma das praças de pedágio do trecho de 204 quilômetros de concessão.

Com base na estrutura operacional, logística e proximidade geográfica, existe a possibilidade da mesma empresa se habilitar para o leilão que contemplará o trecho da RSC-453 que passa por Venâncio Aires. “Faz sentido, pois é uma rodovia que praticamente é uma continuidade da 287. Mas, eles estão cientes e nós também estamos na expectativa de que esse processo possa ser bem concorrido. Não temos preferência por operador, mas queremos atrair operadores como a Sacyr, com experiência internacional, qualificação comprovada e que tenham interesse de fazer uma parceria de longo prazo, uma parceria de ganha-ganha, não só vir aqui, como foi no passado com algumas concessões, ganhar dinheiro em cima do usuário.”

Entidades manifestam indignação com a comercialização do tabaco

Em nota divulgada à imprensa nessa sexta-feira, 11, entidades representativas dos produtores de tabaco – Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – manifestaram-se indignadas e insatisfeitas com a comercialização do tabaco da safra 2020/21.

Conforme a nota, desde o início da compra, as empresas empregaram uma rigidez na classificação no momento da compra. A partir da primeira quinzena do mês de maio, quando 80% da safra já estava comercializada, as empresas mudaram a compra, valorizando as classes e aumentando o valor pago por quilo de tabaco.

“Enfatizamos a necessidade de, em todas as safras, a compra sempre ser dentro da classe e seguir um mesmo padrão de valor do início ao fim da comercialização, trazendo uma valorização justa e equilibrada para todos os produtores”, destaca um dos trechos da nota.
Com relação a estas mudanças na comercialização, as entidades representativas exigem que as empresas fumageiras revejam suas posições e estudem uma forma de bonificar os produtores prejudicados. As entidades se colocaram à disposição para negociar esta bonificação.



Letícia Wacholz

Letícia Wacholz

Atua há 15 anos na Folha do Mate e desde 2015 é editora da Folha do Mate. Coordena a produção jornalística multiplataforma do grupo de comunicação. Assina a coluna Mateando, a página 2 do jornal impresso.

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