Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateNeuri Nagel apresenta sugestões à Administração
Neori Nagel apresenta sugestões à Administração

Morador do bairro Santa Tecla há 20 anos, Neori Nagel, apresentou na manhã de quinta-feira, na redação da Folha do Mate, sugestões para amenizar os efeitos das enchentes em Venâncio Aires. Embora não tenha sido atingido pela enxurrada da madrugada de domingo, o microeempreendedor afirma se preocupar com a situação e busca constantemente informações para colaborar com ideias e projetos.

Para o venâncio-airense, é essencial a criação de um sistema de alerta e monitoramento de enchentes em Monte Alverne e Linha Brasil. Segundo ele, se tivesse sido feito um contato, ainda na tarde de sábado, os moradores da parte baixa de Venâncio poderiam ter se mobilizado e evitado tantas perdas. “Calculo que demore pelo menos umas cinco horas para transbordar a água nos bairros daqui, depois de estourar em Monte Alverne.” O leitor afirma que uma parceria com a Brigada Militar de Monte Alverne é um primeiro passo na comunicação com a Defesa Civil de Venâncio.

Outra preocuação do leitor é com os aterros, que segundo ele, vem tendo significativa participação nas inundações. Ele cita como exemplo a pavimentação da ERS-422 que fez com que a água atingisse áreas antes nunca afetadas com enxurradas, no interior. O mesmo com as construções realizadas nos bairros da cidade baixa. Nagel sugere a criação de uma área de proteção ambiental e consequentemente, proibição de qualquer construção e aterro, desde a ERS-422 até a Vila Battisti.

“As enchentes estão ocorrendo com mais intensidade após a retificação do castelhano. A água está invadindo casas acima da RS 422 em Arroio Grande devido a elevação da rodovia em pelo menos 50 cm. No acesso Grão Pará ocorreu o mesmo problema e acentuada invasão da várzea com aterros sem acréscimo de sistema de escoamento de água. Com a elevada precipitação de chuva que está ocorrendo, o sistema de escoamento que passa por baixo da RSC- 453 também não está dando conta, represando a água que está invadindo cada vez mais as casas abaixo da Osvaldo Aranha.”