O Brasil perdeu, nos últimos dias, três grandes nomes da literatura. João Ubaldo, Rubem Alves e hoje, Ariano Suassuna.
O Mateando separou três pensamentos deles que mostram um pouquinho do talento e do pensamento deles.
Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar” – Rubem Alves
O fato é que, nas vizinhanças de um poleiro d’almas, o que ocorre é nada, nada por todos os lados, uma infinitude de nada inimaginável em toda a sua inextensão. Nada e mais nada e mais nada e mais nada ali se vai aglomerando, até o ponto em que se acumula tanto nada que ele se transmuta num nada crítico e desta maneira surge algo desse nada. Não mais é, essa repentina não-forma do nada, que uma almazinha nova, inexperiente e inocente como todas as criaturas muito jovens, por isso mesmo sujeita a grande número de percalços, pois a única coisa que sabe é que deve ir para o Poleiro das Almas, empoleirar-se com as outras e esperar a hora em que terá de encarnar para aprender. – João Ubaldo Ribeiro
Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.Ariano Suassuna