O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apurou 2.529 casos de duplicidade ou multiplicidade de títulos eleitorais em todo o País. Segundo o corregedor do TSE, João Otávio Noronha, o número representa apenas 0,001% do eleitorado total do País (142.822.046) e a 0,01% do total de eleitores recadastrados biometricamente (23.851.673) e, por isso, não teria potencial de prejudicar ou alterar o resultado das eleições.

Quanto aos títulos duplicados (2.467 casos), o corregedor explicou que o mais recente será cancelado, e o eleitor poderá votar normalmente uma única vez. O TSE entendeu que essas situações podem ter sido geradas por erro da própria Justiça Eleitoral durante o cadastramento biométrico, e não por má-fé do eleitor.

Títulos canceladosJá no caso de um mesmo eleitor ter vários títulos (62 casos), todos eles foram cancelados. Esses eleitores foram encontrados no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Paraíba, Rondônia, Sergipe e São Paulo. Somente em Goiás foram identificadas 33 pessoas com múltiplos títulos eleitorais, 223 ao todo. Em um dos casos, um único eleitor goiano foi identificado como sendo portador de 32 títulos.

O corregedor do TSE disse que todas essas situações serão comunicadas aos tribunais regionais eleitorais (TREs), para que providenciem o encaminhamento à Polícia Federal.

“Examinei um caso em que o cidadão procedeu a seis cadastramentos. Ao examinar as fotografias, verificava que era o mesmo indivíduo ora com cabelo mais curto, ora com cabelo maior, ora com a cabeça raspada, ora com a fotografia com a camisa mais escura, ora mais clara, tentando disfarçar. Mas o sistema pega, não há duas impressões digitais idênticas”, afirmou Noronha.

BiometriaA biometria é uma tecnologia que confere mais segurança à identificação do eleitor, já que não existem impressões digitais iguais no mundo. A expectativa da Justiça Eleitoral é que, nas eleições de 2018, todos os brasileiros sejam identificados pelas digitais.

Fonte: Agência Senado