Em entrevista ao programa Folha 105 – 1ª edição, na Rádio Terra FM, na manhã desta quarta-feira, 8, o delegado de Polícia de Venâncio Aires, Guilherme Dill, detalhou a operação deflegrada pela Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Penal que desarticulou um grupo criminoso que atuava em Venâncio Aires. Segundo ele, a investigação apontou que o líder do grupo criminoso relacionado ao tráfico de drogas dava ordens de dentro da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) e um dos planos era promover atos de vandalismo no comércio local. A ordem, segundo a investigação, era quebrar vidraças no centro de Venâncio Aires, como represália às prisões que têm ocorrido durante o ano. Ele destacou que a Polícia Civil soma cerca de 80 prisões em 2025.
Durante a entrevista, o delegado trouxe uma informação importante com relação à Peva. Ele destacou o trabalho e a disciplina mantida na penitenciária, sob direção de Daniel Portela. “Os criminosos não querem ficar na Peva. É um dos presídios com o regime mais rígido que tem do estado. Eles preferem cumprir pena em outros municípios. Essa situação não é culpa do diretor, é um problema estrutural”, enfatizou.
Perguntei a ele sobre o uso de celular dentro da cadeia, e o delegado definiu como um desafio estrutural no sistema prisional. “Todas as semanas temos apreensões de celulares que tentam ser arremessados ou introduzidos no presídio. A Polícia Penal trabalha de forma cada vez mais qualificada, com policiais, com estrutura e instalação de bloqueadores, mas isso ainda ocorre”, lamentou. A investigação relacionada à Operação Supremacia, que segue, revelou que o objetivo dos criminosos ao planejar os ataques no comério local era gerar descontentamento na população e desviar o foco da repressão ao tráfico.
Notícias Relacionadas
“É muita audácia achar que, em uma cidade como Venâncio Aires, o crime organizado vai ditar ordens.” GUILHERME DILL – Delegado de Polícia de Venâncio Aires
