Na última semana, visitei a Escola Santa Isabel, que atende 37 alunos do pré ao 5º ano. Na instituição, a professora Francine Beatriz Lahr está trabalhando com os alunos da pré-escola a estação primavera. Dentre os temas, está a importância das borboletas e as flores.
Na quinta-feira, 7, fomos até a comunidade para conhecer o projeto e acompanhamos o plantio de flores no monumento da comunidade, em frente ao Salão Haupt, próximo da escola. A diretora da Santa Isabel, Lisane Willms Nieland, comentou que o ponto foi escolhido para embelezar um ponto turístico e o marco da comunidade. Mas o que me chamou atenção foi o envolvimento da comunidade. Pais de ex-alunos e de atuais estudantes foram até a escola me receber para contar da luta em 2017/18 em manter a instituição aberta. Na hora de plantar as flores, eles estavam lá novamente, ao lado dos alunos, auxiliando no projeto.
O pátio, pintura e manutenção dos brinquedos, também é feita pelos pais. Todos são agricultores, com certeza, o serviço nessa época é volumoso, mas eles tiraram um tempo para ir até a escola e ajudar no que for preciso. É esse o espírito comunitário, é por isso que uma escola do interior é importante para os membros da localidade.
Ao visitar a Santa Isabel, fiquei relembrando das escolas do campo que estudei, Emef Deolindo Pereira da Costa, de Linha Arroio Grande, e EEEM Sebastião Jubal Junqueira, de Vila Deodoro, instituições que permanecem funcionando até hoje. Boa época, em que a pedagogia ensinada pelos professores era inserida dentro da realidade rural e que continua prevalecendo.
Uma das maiores
A agricultora Rejane Ruwer Hendges, de Linha Rincão de Souza, compartilhou um registro da colheita de uma beterraba diferente. O legume pesou 1,690 quilo. “Fazia uns 100 dias que tinha plantado, foi no início de junho. Já colhi bastante beterraba grande, mas essa aí foi uma das maiores dos últimos anos”, revela.
Vida na lavoura
A moradora de Linha Travessa, Márcia da Luz, compartilha uma imagem cheia de significados, que retrata a vida no campo de diferentes formas. Na foto clicada pela fotógrafa percebe-se o desenvolvimento do aipim, carro-chefe na propriedade, e o ninho de um quero-quero, mostrando que logo mais uma nova família será formada. É o ciclo da natureza sendo cumprido à risca.
Assim como Márcia, você também pode mandar aquele registro especial para compartilhar nesse espaço. Pode entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp 98943-4110.
De olho no ponto da colheita e na previsão
Ao longo das andanças para reportagens no interior, a cena clicada na foto abaixo é bastante comum nos últimos dias. A colheita da safra de tabaco começa a se intensificar em inúmeras propriedades rurais de Venâncio Aires.
O clima não tem colaborado para quem precisa iniciar a colheita do baixeiro ou até mesmo a segunda apanha, pois a chuva tem sido de forma intensa e contínua. Além disso, as mudanças climáticas assustam cada vez mais, pois a previsão vem mostrando risco para tempestades. Sempre digo, em algum lugar está caindo, e alguém está sendo prejudicado.
Segundo uma reportagem que assisti no Canal Rural, o recente registro de granizo em áreas produtoras de Santa Catarina causou danos em culturas agrícolas. Segundo Levantamento da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), analisando a ocorrência de granizo em setembro, o tabaco está na lista das culturas mais afetadas. Foram atingidos pelo granizo 611 hectares de tabaco, com perdas entre 20% e 40% nas lavouras afetadas. Recentemente, Passo do Sobrado também teve registros com grandes prejuízos. Em Venâncio também já tem produtores que tiveram perdas. Infelizmente, com a chegada dos últimos meses do ano a ‘novela’ se repete. O clima em muitas situações castiga nossa agricultura. Mas é necessário muita força de vontade e motivação para seguir em frente. Um abraço especial a todos os fumicultores que compartilham registros e situação com a gente.
Leia mais: Mulheres no campo