Para muitos, o ano de 2016 foi difícil. Decepções, perdas, tragédias. Assistimos e presenciamos muitas coisas, boas e ruins. As más notícias são as que marcam, que nos deixam pensativos, reflexivos. Li um texto da Ana Maria Braga que dizia: “foi praticamente como entrar num ringue e enfrentar um adversário maior e mais forte”.
E foi assim mesmo. é como se fôssemos nocauteados com chutes e socos em todas as direções. Alguns decidiram jogar a toalha e se estirar, esperando aqueles golpes acabarem. Os mais fortes optaram em se levantar, mas a cada respiro percebiam que não adiantava usar o que sabiam para vencer a batalha. Tinham que inventar algo novo e surpreender o adversário. Esses acabaram equilibrando o jogo e, mesmo sem conseguir derrotar o inimigo, tiveram um empate técnico com gosto de vitória.
2016 foi um ano trágico. No voo da Chapecoense, dezenas de atletas, dirigentes e jornalistas deixaram para trás seus sonhos, suas vidas. Por aqui, por fatalidade ou destino, perdemos um parente próximo ou um amigo. Quando se trata de vidas, o futebol não é nada, o esporte, a competição deixa de ter graça.
A sonhada medalha de ouro no futebol do Brasil nas Olimpíadas perdeu o brilho perto de tanta decepção com a política em nível de país. Não faz sentido a corneta do gremista. Cair para a Série B é indiferente se comparada à perda de um ente querido. A comemoração da Copa do Brasil passou quase despercebida.
Sejamos nós torcedores de Grêmio, Inter, Guarani, Assoeva, Chapecoense, que possamos refletir sobre os acontecimentos de 2016. Uma frase de Pablo Picasso nos ensina: “A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos”. Que aprendamos com a tristeza para que possamos ser mais cordiais, fazer mais amigos, abraçar e ter mais carinho com o próximo.
Que os afortunados políticos tenham sido iluminados nesses últimos 12 meses e alcancem discernimento para auxiliar numa distribuição de renda mais justa. Que tratem de valorizar o professor que educa nossos filhos, o policial que cuida de nossa segurança, o médico que assiste tantas vidas.
Aos leitores assíduos desta coluna, sigam ocupando seu tempo, sua mente com o trabalho e fazendo o bem.
Um feliz ano novo!