Foto: Rui Borgmann / Blog do RuiTorcedores precisam ficar praticamente enjaulados se quiserem torcer e beber ao mesmo tempo no Estádio Edmundo Feix
Torcedores precisam ficar praticamente enjaulados se quiserem torcer e beber no Estádio Edmundo Feix

Não bastasse a proibição da cerveja desde 2008 nos estádios de futebol do Rio Grande do Sul, o Guarani vive mais um impasse: não permite a entrada de chimarrão. Logo Venâncio Aires, considerada e intitulada a capital nacional do produto. Sabemos que a bebida é considerada um atrativo e um objeto que faz com que as pessoas se aproximem e tenham um momento de prazer.

Lei gaúchaMas o Estatuto do Torcedor, de validade nacional, impõe como condição de acesso e permanência nos estádios “não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”, o que inclui bebidas com teor alcoólico e o acolhedor Chimarrão. O estatuto corrobora com a lei do deputado gaúcho Miki Breier.

Ginásio é liberadoA lei passou a valer em 1° de abril de 2008, e proíbe a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol e nos ginásios de esportes do Estado do Rio Grande do Sul. A Assoeva vende cerveja e tolera a entrada do chimarrão baseada num adendo na lei: permite o consumo num ginásio até cinco mil lugares e também pelo futsal ser considerado amador.

Mordomia

No Maracanã, no fim de 2015, havia até um garçom à disposição para servir, e muito bem, os visitantes. “E aí, patrão, vai mais uma?”, me ofertava uma lata de Amstel a R$ 7,50 supergelada. No Rio de janeiro é liberado, em SP também, além da maioria dos Estados do país. Aqui no RS, a torcida colorada arrumou confusão em Veranópolis sem a venda de cerveja.

ResponsáveisNo Estádio Edmundo Feix, o consumo de cerveja é liberado na sede social, onde os apreciadores precisam estar fechados como se estivessem numa jaula. é permitida a venda no local, mas é proibido sair com o copo ou com a garrafa nas arquibancadas. A Brigada Militar é responsável pelo controle, além da contratação de um segurança pelo Guarani para cumprir a função. Ora, qual a diferença em beber cerveja no setor social ou nas arquibancadas?

Bom-senso Não é questão de julgar ou cobrar os profissionais da BM, que apenas cumprem sua função de fazer respeitar o estatuto do torcedor, mas a direção rubro-negra poderia discutir esse assunto com o Poder Público, BM e entrar num acordo para que haja bom-senso, pelo menos na liberação da entrada da nossa bebida-símbolo.

Queda de públicoO Guarani comercializou cerveja e permitiu a entrada de chimarrão até 2007, ano da última participação do clube na elite do futebol gaúcho. Quando Júlio Battisti assumiu a presidência, em 2008, foi o primeiro a sofrer com a queda de recursos. Sim, a cerveja leva público ao estádio. Não tenho dúvidas de que o número de torcedores caiu pela metade sem o atrativo.